Marden diz que não vai se ‘render a qualquer custo’ e aponta ‘jogo sujo’ na política municipal

As declarações foram proferidas na manhã desta segunda-feira (10).

Marden pede desculpas por ter votado no prefeito que comemora instalação de bebedouro nos PSFs-Foto Reprodução Facebook.

O vereador licenciado de Madre de Deus e atual Secretário Municipal de Cultura e Turismo, Marden Lessa (PCdoB) disse que não vai se ‘render a qualquer custo’ e que o ‘jogo sujo’ na política municipal causa ‘ranhuras’ e ‘fissuras’. Marden afirmou, ao ser interpelado durante entrevista na manhã desta segunda-feira (10) na rádio Madre FM.

“Eu não vou me render a qualquer custo, eu não vou me dobrar a qualquer custo”, disse, afirmando que o jogo político deve ser limpo. “Quando chego pra você aqui e digo: ‘minhas armas são essas e você me mostra a sua’. Nós sabemos, com quem nós estamos lutando, mas quando a gente tá lutando no escondido, no jogo sujo, não é um jogo bom pra política. É um jogo perigoso porque causa ranhuras, causa fissuras”, acrescenta.

Segundo ele, um partido político que o apoiava lançou uma pré-candidatura, mas assim que o prefeito Jeferson Andrade (PP) definiu sua pré-candidata a legenda estava no palaque. O comunista não citou nomes, mas as declarações deram a entender que foram direcionadas ao PSD.

“Foi claro pra mim como foi feito o jogo. É por isso que estou desidratado, é por isso que estou caindo nas pesquisas, por quê? Porque as pessoas precisam salvar seus empregos, as pessoas precisam levar o pão pra dentro de casa. Eu não vou condenar essas pessoas, apesar de que não concordo, eu preciso respeitar”, diz.

Marden entende que a manobra para aprovar 20% de remanejamento na Lei Orçamentaria Anual (LOA) garantiu a sobrevivência dele do Pastor Melk (PPS) e Lindivaldo Bonfim (PCdoB)

“Precisávamos votar daquela forma pra sobreviver politicamente, e a gente não vai aceitar retaliação a Lindivaldo, nem a qualquer membro que esteja dentro deste agrupamento político. Então a política que a gente faz é uma política de verdade”, diz.

Ele também reforçou que mantem a pré-candidatura até o dia 15 para o partido fazer uma pesquisa interna e testar a viabilidade eleitoral.

Ainda conforme o comunista, existem duas conversas políticas no cenário atual: Uma refere-se a pré-candidatura, composições e apoio político, a outra é sobre a governabilidade do prefeito Jeferson Andrade (PP) na Câmara.

“O que a gente pretende é fazer um mandato independente”, diz, apontando que mesmo que recue para disputar a reeleição para vereador, deixará o prefeito Jeferson a vontade. “Se ele quiser os cargos que são indicados por nós, exonerar ou fazer a relação e tentar levar pra Nita [de Brito] num possível recuo nosso, isso é natural”, completa, afirmando que deste modo, vai trabalhar para fortalecimento da candidatura dele e de aliados.

“A gente pode estar no governo, mas pode estar com outro candidato que não seja do governo ou vice-versa. A gente pode não estar no governo e tá apoiando a candidata do governo. Porque hoje a gente precisa entender que existe duas conversas: Uma conversa é Jeferson Andrade governo, ao qual a gente faz parte, e a outra conversa é em relação política partidária e pré-candidaturas que vai suceder o governo Jeferson Andrade. Então Marden, Melk e Lindivaldo a gente tá aqui dentro deste triângulo aqui, juntos para que a gente possa discutir política e as possibilidades pra esses três candidatos [sic]”, asseverou.

Ao ser questionado se houve ruptura entre ele e o deputado Nilton Bastos (PP), Marden disse que não descreveria assim, porém, afirmou que não tem mais nenhum laço político com ele.

” No dia 20 [de janeiro] que foi o lançado o nome de Nita, após eu ver Niltinho no palanque, eu mandei uma mensagem pra ele dizendo que respeitava, a decisão dele, apesar de que não concordava. E dei uma exemplo claro pra ele, aqui em nosso vizinho Santo Amaro, prefeito que concorre à reeleição é do PP, e a candidata do deputado foi retirada do PP e colocada no PSB.Eu não queria cobrar a ele de não subir no palanque, eu só queria que ele ao menos viesse conversar comigo e tentar fazer com que eu entendesse. Como não foi assim a postura, nós respeitamos o trabalho do deputado, mas daqui pra frente ele segue o caminho dele e eu sigo o meu”, frisou.

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