A delegada Marcele Guerra que deixou o comando da 17 ª DT/ Delegacia Territorial de Madre de Deus afirmou nesta sexta-feira (26) que tem a “sensação de dever cumprido” ao reforçar as ações que foram realizadas no combate ao crime em quase 4 anos de atuação como titular da delegacia da cidade.
“Eu fiz o meu melhor, e deixo a cidade com a certeza de que fiz tudo que eu poderia ter feito”, disse a delegada após apontar as operações contra práticas criminosas no município.
Ela relata que a delegacia de Madre de Deus foi o seu primeiro trabalho como titular e descreve o período como “bastante proveitoso”. Discorrendo em seguida sobre as diversas prisões e operações deflagradas que reduziram o percentual de crimes contra a vida e ampliaram a segurança na região.
“A gente fez uma parceria brilhante com a Polícia Militar e sempre com a gestão da prefeitura, com a qual a gente tem hoje o termo de convênio”, disse a delegada.
Para ela, o importante é que as ações contra o crime continuem sendo realizadas na cidade com a mesma intensidade que ocorreram em quase 4 anos, período que passou à frente da delegacia.
Marcele explica que a “sensação de dever cumprido” é sobre a redução da violência e operações de combate ao crime na cidade.
A delegada destaca os trabalhos realizados pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), pela Coordenação de Operações Especiais (COE) e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que atuou na última operação.
Ela acrescenta a importância das denúncias anônimas realizadas por moradores ao que chamou de “participação brilhante da população” e pede que continuem sendo feitas.
“Porque sem a população, a gente não consegue muita coisa, os nossos olhos é quem está na rua”, diz e completa que a participação da população é mais importante do que atuação dela ou de qualquer delegado. “Quem brilhou foi a população que está de parabéns”, diz Marcele.
Ela agradeceu ainda por ter conseguido deflagrar a “Operação Tupinambá” antes de deixar a delegacia da cidade. Logo depois, Marcele informa que se não tivesse a ajuda do Draco e Dhpp não seria possível obter o sucesso alcançado na ação.
“Porque a gente sabe que a demanda de uma delegacia territorial é muito grande, a gente não consegue focar só no tráfico, só no homicídio”, afirma.
Para Marcele, a “Operação Tupinambá” começou assim que ela assumiu o cargo de delegada da cidade. Ela explica que foi dedicado muito tempo no recolhimento de provas e depoimentos.
“Talvez, aqui em Madre de Deus, essa foi a maior operação que a gente teve. As lideranças que a gente não tinha ainda alcançado, a gente conseguiu alcançar com essa operação”, frisa.
“A cidade Madre de Deus não tem a noção de quem se conseguiu alcançar com essa operação, porque a população da cidade sabe muito das lideranças de gente que é da cidade. Mas não consegue alcançar a dimensão de quem está por trás de todo esse financiamento de tráfico de drogas, de homicídios e tudo mais. Então a gente hoje conseguiu chegar em nomes, que em Madre de Deus, a população de bem não sebe nem dizer quem é. Então eu acredito que a operação foi super exitosa”, relata Marcele.
Por fim, a delegada agradece o carinho da população e afirma que torce para que os moradores tenham paz e tranquilidade no município.
Mudança de comando
A Delegada Marcele Guerra foi exonerada do cargo de titular da 17ª DT/Delegacia Territorial de Madre de Deus, a informação foi publicada no decreto do Diário Oficial do Estado (DOE), na manhã de quinta-feira (25) e assinada pelo governador Rui Costa (PT). Até a noite desta sexta-feira (26), não havia sido divulgado em qual delegacia Marcela deverá atuar. O delegado Geovani Paranhos dos Santos, assume o cargo de titular da 17ª Delegacia Territorial de Madre de Deus.
Marcele Guerra estava como titular da delegacia da cidade há quase 4 anos. Oito meses depois de assumir o cargo, no dia 25 de julho de 2017, circulou uma informação entre agentes de segurança publica do município que Marcele seria substituída.
Três dias depois da informação ser veiculada, o ex-prefeito Jeferson Andrade pediu ao governador Rui Costa para delegada continuar na cidade. A solicitação foi feita durante uma visita de Rui ao município para assinar a ordem de serviços nas áreas da saúde e esporte.
Na época, o governador garantiu que ela não seria substituída e apontou que sempre que os delegados se destacam acabam sendo levados para outras delegacias com maiores demandas.
Veja o vídeo abaixo:
À frente da delegacia de Madre de Deus, Marcele conseguiu um intervalo de um ano sem nenhum registro de homicídio no município. Após diversas investidas das polícias contra o crime na região, o índice de violência caiu drasticamente. Em 2017, só nos seis primeiros meses, foram registrados 6 assassinatos na cidade, antes da delegada Marcele assumir a delegacia .
Depois disso, foram registrados apenas dois homicídios, e os autores foram identificados. Assim que assumiu o cargo, a delegada garantiu ao Bahia Manchetes que seria acessível para comunidade e implacável com a criminalidade.
Na semana passada, a delegada falou sobre a megaoperação de combate ao tráfico de drogas que em Madre de Deus, e que, se estendeu pela Bahia e Rio de Janeiro.
Com o apoio da Coordenadoria de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil, ela desenvolveu várias ações de combate ao crime na região.
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