“Crime continuado… Porque Jeferson cometeu crime quando João era presidente da liga e funcionário da prefeitura, diretor de esportes, e agora Dailton vem cometendo a mesma continuação de crime. É isso senhoras e senhores… E essa é a liga que é respaldada pela Federação Baiana de Futebol aqui nesta cidade, sem transparência alguma”. Foi assim que o vereador Marden Lessa (PSB) descreveu o convênio entre a Prefeitura de Madre de Deus e a Liga Desportista.
A declaração foi feita durante pronunciamento na Câmara de Madre de Deus na terça-feira (26).
Na tribuna, o parlamentar afirmou que o convênio na administração do ex-prefeito Jeferson Andrade, afastado do cargo por suspeita de improbidade administrativa, custava entre R$ 100 mil e R$ 120 mil.
Segundo ele, o valor subiu para R$ 230 mil na gestão do prefeito Dailton Filho (PSB).
De acordo com Marden, o assessor técnico da secretaria de esportes, João Carlos, era presidente da liga e fez um convênio com a prefeitura durante a gestão de Jeferson por 3 ou 4 anos, mas não concorreu na eleição seguinte.
Ele acrescenta que o funcionário da prefeitura “fechou o sistema” com três clubes filiados para evitar a concorrência contra a chapa apoiada por eles.
“Essa chapa foi eleita por aclamação, não tinha quem disputasse com eles”, disse.
Ainda conforme Marden, depois que o presidente se afastou do cargo o convênio com a prefeitura será firmado com o sucessor que é filho do assessor técnico da secretaria de esportes, João Carlos.
O vereador argumenta que João é a segunda pessoa no comando da pasta e na ausência do secretário, quem manda é o assessor técnico.
Logo depois, o vereador reforçou de maneira enfática que o funcionário vai fazer um convênio de R$ 230 mil com o filho.
Em seguida, o edil ressalta o nome de ex-prefeitos e afirma que uma delas precisou devolver o dinheiro após convênio com o Madre de Deus Futebol Clube.
Durante o discurso, Marden fez diversos questionamentos sobre a falta de transparência e espaço para filiação de clubes na liga.
” Na eleição passada, inclusive, o mandato era de dois anos, o estatuto da liga foi alterado para quatro. E aí olha o que aconteceu na segunda eleição: o estatuto da liga diz que só pode concorrer à presidência da liga, aquela pessoa que um desses três clubes assine o documento referendando. Se um desses três clubes não referendar ninguém da comunidade, nenhum de nós pode participar”, disse.
O parlamenatr afirmou ainda que estava aguardando convênio ser publicado para protocolar uma denúncia ao que chamou de “crime”.
Seja o primeiro a comentar