“Bloco da Latinha” é retratado em documentário que destaca a cultura de Madre de Deus

Diretora do documentário, Louyse Gerardo, evidenciou de forma sutil, a importância de preservar registros que contam a história cultural do município.

Senhor Aloisio a esquerda ao lado de Louyse e Batata- Foto: Bahia Manchetes.

O documentário sobre o “Bloco da Latinha” exibido na Câmara Municipal na noite de quarta-feira (15) destacou a cultura de Madre de Deus.

Num cenário com ruas estreitas da cidade, os protagonistas vestidos de latas, ao lado de outros mascarados deixam a região colorida no carnaval e carregam sozinhos o peso de manter viva essa tradição.

Com olhar de fã, a diretora do documentário, Louyse Gerardo, evidenciou de forma sutil, a importância de preservar registros que contam a história cultural do município. Ela aponta a riqueza cultural e as belezas naturais da cidade.

“Hoje foi sensacional! Eu não sabia o que esperar, mas quando cheguei, o pessoal realmente abraçou o projeto, acho que eles gostaram demais”, disse ao Bahia Manchetes.

“Tudo que eles falaram no final do filme me deixou muito emocionada, foi além do que eu poderia imaginar, além do que eu poderia esperar”, afirmou Louyse, minutos depois de falar no plenário da Câmara para uma claque que acompanhou a exibição do documentário.

A diretora também afirmou que neste primeiro momento o filme não será divulgado nas redes sociais em decorrência de festivais.

Sem rodeos e com a narrativa retratada pelos integrantes do Bloco da Latinha, ela conseguiu extrair uma pequena parcela da gigantesca cultura local.

O ruído das latas, tombos, sorrisos, emoção e trilhas deram vida ao projeto que começou a ser editado em 2016. Na tela, lembranças felizes e lágrimas se misturavam no decorrer das cenas que fizeram a plateia mergulhar no passado e ver as imagens daqueles que partiram.

Ao conversar com a reportagem, o presidente do bloco, Aloisio, parecia relaxado e até sorria, mas no momento em que começou a falar sobre integrantes e colaboradores, o rosto mudou e sua voz ficou embargada.

Com olhos marejados, ele ressalta o nome de algumas pessoas que participaram do documentário, mas faleceram antes da conclusão do projeto.

Ele recorda com carinho, de forma branda e quase inaudível, homenagear o senhor Cícero, que era responsável pela confecção das máscaras.

“Ele sempre ajudava a gente, cobrando menos nas máscaras”, disse.

Em seguida, Aloisio lamenta que colegas não puderam participar da exibição do documentário ao classificar que “eles foram além”.

“Bó, Lilinho, certo?! Rosângela, é aquela que dançou aquilo ali [sic] é uma emoção, que deixa na gente aí. O bloco é pra sorrir, mas quando passa essa parte aí a tristeza entra, não tem como não entrar”, asseverou emocionado.

O integrante do bloco, Ednailton dos Santos, conhecido popularmente como “Batata” afirmou que assistir ao documentário foi um momento especial na vida dele, assim como na vida de outros componentes.

Para ele, as imagens relatam a história cultural de Madre de Deus que será exibida para o mundo.

“A satisfação é muito grande e a emoção maior ainda”, disse Batata que arrancou risos da plateia que assistiu ao filme.

“Eu sou muito humorista, gosto de fazer alegria para o povo, também foi o momento na hora, a gente não inventa, faz o que sabe”, emendou com largo sorriso no rosto.

Bloco da Latinha é retratado em documentário que destaca a cultura de Madre de Deus -Foto: Divulgação.

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