Vereadores endurecem as críticas ao governo em Madre de Deus: ‘o povo tá sofrendo’

Alguns vereadores não proferiram críticas  ao governo. Durante a sessão, o parlamento demonstrou um novo alinhamento.

Câmara de Madre de Deus demonstra alinhamento (Foto: Reprodução Bahia Manchetes)

Vereadores criticaram o governo do prefeito Jeferson Andrade (DEM) durante a sessão na Câmara Municipal de Madre de Deus desta terça-feira (22).

O primeiro a discursar foi o presidente da Câmara de Madre de Deus, Marden Lessa (PC do B), que apontou as falhas inicialmente na festa de São Roque no bairro do Suape.  Logo depois, Marden aumentou o tom das críticas sinalizando a ausência dos agentes políticos no evento.

“O ano passado, eu vi um monte de político lá. Ano de eleição, todo mundo queria o voto! Esse ano ninguém foi. É uma missão, nós fomos eleitos para defender mais de 20 mil habitantes. Eu sei que todos aqui têm os seus compromissos, mas não é possível que a gente não tenha uma assessoria para ir lá representar”, disse Marden.

Em seguida, o vereador direciona as críticas ao prefeito Jeferson e ao secretário de cultura Djalma Thürler , sem citar nomes, ele questiona a ausência do gestor e do secretário na festa do Suape, ressaltando erros na administração municipal.

“Jailton dizia aqui sempre: ‘O comandante é o espelho da tropa’. Tem que tá presente! Goste quem quiser gostar (sic). Tem que estar presente, é um homem público, exerce cargo, tem que estar presente (sic). Se não quer entrega! Se não quer ser homem público, entrega! (sic) Se não quer fazer o papel de pessoa pública, entrega! Mas tem que estar do lado da comunidade (sic)”.  “O ‘Madre Music’ encerra 1h da manhã. Porque às festas populares têm que acompanhar esse decreto? Que de uns tempos pra cá, eu já estou contra esse decreto há muito tempo (sic). Que é o decreto de dois pesos e duas medidas! Na praça cobra, lá em embaixo corre solto”, asseverou o comunista.

Marden faz meia culpa ao afirmar que em período eleitoral os políticos se sujeitam ao que a comunidade quer ‘porque é conveniente para todos, inclusive estou nesse meio’.

“Quando falei aqui a mais de um mês, que situação e posição tinham que dar as mãos, é porque o povo não pode mais sofrer, e o povo tá sofrendo”, diz. E completa: “ Se vai fazer política contraria ou favorável eu não sei, mas Dailton Filho estava lá. Marcou a presença dele”.

Em quase 15 minutos de críticas, em um discurso de pouco mais de 16 minutos.  Marden Justifica o tom das declarações, enfatizando que não vai dizer amém para tudo.

“Não vou fazer aqui a política do amor, a política do amém para tudo. Não vou concordar com isso: ‘meu povo tá sofrendo’”,  acrescentando que “quem acha que o patrão não é o povo, entrega o bastão! Saia da política, o lugar certo não é esse”.

Após o discurso, Marden usou a prerrogativa de presidente da Casa, para apontar falhas do governo durante a sessão.

Questionado sobre as criticas desferidas ao prefeito e ao secretario, Marden diz que “não é só  para o prefeito Jeferson nem para o secretario Djalma, isso é para um todo.  Quando falo de agentes públicos, falo daqueles  que detêm o mandato, e aqueles que não detêm o mandato (sic)”, em seguida, ele volta a frisar que no período eleitoral a festa estava cheia de agentes políticos.

O vereador da oposição, Kikito Tourinho (PPS), ressaltou a falsidade no meio político, evidenciando indiretamente, a visível diminuição no número de opositores na Câmara. Ele também afirmou que todas as secretarias estão deixando a desejar.

“Vou começar com o social, a mulher do prefeito! (sic) Que foi um grande erro, pra mim. Porque é imoral numa crise dessas, o povo passando fome dificuldades, botar a esposa para tá recebendo R$ 15 mil reais, como secretária (sic). Que até hoje não mostrou pra que veio, porque o social não funciona”, disse Kikito.

A vereadora Joyce Lima (PRB), também aumentou o tom do discurso contra um setor da prefeitura. Sem citar nome, Joyce pede respeito, ressaltando que ficou uma hora esperando para ser atendida. Segundo ela, funcionários saíram para fazer lanche enquanto a vereadora da base do governo aguardava.

‘Acorda líder de equipe! Você sabe com quem estou falando. É uma falta de respeito’, ela acrescenta que quando o projeto do Executivo precisa ser votado são os vereadores que aprovam.

“Podem passar zap para o seu líder, porque é com ele que estou falando. Porque eu vou pessoalmente falar isso pra ele, não sou uma menina de recado”, bradou Joyce, destacando que esperou e não foi atendida.

Essa é a primeira vez que a vereadora endurece o discurso na Casa de Leis.

O Pastor Melk (PPS) enfatizou o poder da Câmara, alertando que os vereadores esperam nas repartições porque não se respeitam.

‘Isso é uma falta de respeito […] acontece isso, porque nós não nos respeitamos’, dispara o pastor.

Alguns vereadores não proferiram críticas  ao governo. Durante a sessão, o parlamento  demonstrou um novo   alinhamento, anulando antigos confrontos paralelos na Casa.

O vereador Anselmo Duarte (DEM) e Renato de Martins (PSD) foram os únicos que faltaram à sessão. No caso de Anselmo, essa é a segunda sessão consecutiva que ele não comparece.

2 Comentário

  1. Parabéns vereadores, esses discursos representam a vontade do povo, chega de dizer amém, vamos invadir o CA e retirar os burgueles de lá, essa burguesia fede!!

    • Vereador marden gostaria de te parabenizar pelo seu discurso, nós eleitores hoje somos esquecido mas quando está próximo da politica somos bajulados por todos, acorda povo de madre de Deus politica não se faz por dinheiro e sim por amor, tem vereadores ali na câmara q só olha pra seu próprio bolso e de suas famílias, madre de Deus não merece tá passando o q vem passando, vergonha vergonha vergonha, vereadores respeitem o povo de madre de Deus

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