“Como é que eu vou aceitar… Se eu denunciei aqui várias vezes esse grupo [de políticos] que o próprio Ministério Público fala que é uma quadrilha que tinha dentro da Câmara Municipal de Madre de Deus. Para tá no mesmo palanque com essas políticos, então eu prefiro cuidar da minha vida pessoal do que tá junto com porcos”, essas foram às palavras do vereador Val Peças (PSB) em entrevista ao Bahia Manchetes na manhã desta sexta-feira (8). A declaração faz referência aos suspeitos de assinar um no termo de acordo, conhecido como “acordão” da Câmara.
Ele foi questionado pela reportagem sobre as declarações feitas no Legislativo na última terça (5) que antecipa que se o governo do prefeito Jailton Polícia (PTB) fizer uma uma aliança com políticos acionados na justiça por suspeita de participação num esquema de enriquecimento ilícito durante os anos de 2011 e 2012, não ficará na base aliada.
“É essa a minha postura, essa é minha personalidade como político. Eu não vou subir no mesmo palanque com cidadãos que foram denunciados pelo Ministério Público e agente denuncia direto aqui”, disse Val.
Os vereadores Kikito Tourinho (PTB), Juscelino Silva (SD) e Jodiane Alves acenaram positivamente para as afirmações. De acordo com Val, os vereadores pensam da mesma forma “que jamais vão aceitar essas pessoas”. Em seguida, ele classifica como “vergonha” protocolar denúncias e depois subir no mesmo palanque dos políticos que foram acionados. O edil cita como exemplo, o ex-vereador Anisvaldo Daltro (PT) que denunciou o governo de Jeferson Andrade (PP), mas acompanha o grupo liderado pelo prefeito afastado.
O vereador considera falta de coerência e personalidade fazer composições com políticos que foram denunciados no Legislativo nos últimos anos. Ele responsabiliza os cinco agentes políticos por um série de problemas enfrentados pelo município.
O parlamentar refere-se ao então prefeito Jeferson Andrade, o vereador Anselmo Duarte Ambrozi da Silva; o ex-secretário municipal de esporte, Jibson Coutinho de Jesus; o funcionário da prefeitura, Adailton Cosme dos Santos e a assessora municipal Tânia Mara Pitangueira de Jesus, que segundo o MP formularam um acordo, no qual ajustaram que a eleição da chapa vencedora para a mesa diretora da Casa Legislativa estaria condicionada ao rateio de verbas públicas entre eles.
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