Denúncia aponta suposto direcionamento em licitação de R$ 7,3 milhões em Madre de Deus: “Escândalo”

Um dos empresários que participou do certame disse que os concorrentes foram desclassificados para "burlar" o edital. 

Prefeitura de Madre de Deus deverá gastar até R$ 2,6 milhões com buffet

Uma denúncia apontou um suposto direcionamento de dois lotes da licitação para reforma de três escolas, que custará pouco mais de R$ 7,3 milhões à Prefeitura de Madre de Deus.

Um dos empresários que participou do certame e preferiu manter sua identidade em sigilo, disse que os concorrentes foram desclassificados para “burlar” o edital.

Ele conta que a manobra foi feita para beneficiar uma empresa suspostamente ligada ao secretário municipal de infraestrutura, Flávio Augusto, responsável pela fiscalização do contrato. 

Pela regra do edital, a mesma empresa não poderia operar os dois lotes.

Porém, a Caaba Engenharia LTDA tinha sido a única empresa que não foi desclassificada do processo.

Segundo o licitante, as concorrentes que foram inabilitadas de forma arbitrária recorçam o suposto direcionamento.

A denúncia aponta ainda que a empresa vencedora da licitação já teria sido determinada antes mesmo da abertura dos envelopes. 

Conforme o edital, as empresas poderiam apresentar proposta comercial para os dois lotes, no entanto, mesmo com o menor preço só poderia operar em um. 

O concorrente disse que o texto é claro sobre ser vedado que a mesma licitante fique com os dois lotes.

Ele acrescenta que as empresas que participaram foram consideradas inabilitadas na disputa para beneficiar a vencedora do certame

O autor da denúncia descreveu o processo como um “escândalo” e responsabilizou o secretário ao que chamou de “vetor” que trouxe a empresa supostamente direcionada a ganhar.

Ele ainda acusou o secretário de ter uma “relação íntima” com a vencedora da licitação, disse ainda, que é um ‘relacionamento de longas datas’.

Na sequência, o empresário afirma que a empresa veio por indicação para “operar” na cidade e “lesar o erário público”.

Ele continua e pede que o secretário responda sobre a empresa vencedora: “O senhor fiscaliza e contrata?”.

Ao ser questionado se o processo licitatório foi criminoso, ele diz que é “exatamente, isso aí”.

Bahia Manchetes entrou em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura na noite de segunda-feira (27), mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.

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