Os vereadores da bancada oposicionista na Câmara Municipal endureceram o discurso contra dois veículos de comunicação que são ligados a prefeitura de Madre de Deus na terça-feira (10).
As declarações foram uma resposta direta a duas publicações que desqualificaram a denúncia feita pela irmã da gestante de 29 anos que morreu no Hospital Dr. Eduardo Ribeiro Bahiana, e informações que apontavam que a Secretaria de Saúde investigava se a paciente estava com coronavírus, a suspeita foi descartada, porém, o resultado deu positivo para H1N1.
A irmã da paciente, Tais Alves se manifestou na web, e lamentou a situação: “Gente a prefeitura está tratando o caso de minha irmã como fake news”.
O vereador Kikito Tourinho parabenizou os veículos de comunicação que reproduzem informações verídicas e descreveu Junior Robop e Uilson Victor como ‘babões’ e ‘perus’ da prefeitura.
O parlamenta ressalta ainda que a secretária Naiara Cardoso foi para rádio na segunda-feira (9), declarar que as publicações sobre o assunto eram falsas.
“Os perus do prefeito [Jeferson Andrade], que vem de Candeias, não sabem nada! E aqui não tem negócio de esconder nome não: Uilson Victor que veio de Candeias pra cá, ganhando altos salário, agora diz que RoboCop também, diz que publicou lá… Porque agora tá conveniado com a prefeitura e aí vem criticar os sites”, disse ao reforçar que o objetivo é ocultar a verdade.
Ele acresenta que querem transformar o certo em errado e que os errados querem estar certos: “Querem confundir a mente da população, hora pelo amor de Deus, você quer puxar saco? Quer babar? Babe! Mas fale a verdade, não venha com mentirada não”, alertou Kikito.
O vereador Val Peças (PSL) destacou o Bahia Manchetes ao informar que os médicos procuraram o veículo porque tem credibilidade. Ele também parabenizou o Madre Sem Média e lembrou de um questionamento feito por Uilson Victor numa emissora da região, em seguida, sugere que existem muitos picaretas por aí.
“Uilson Victor mesmo me fez uma pergunta na Bahia FM, logo depois que fui eleito: ‘vereador você vai ser oposição mesmo, ou vai ser aquela oposição que vai bater pra chamar pra negociar? Olha aí ele, bateu lá na Baiana FM, hoje é funcionário da prefeitura. Ele tá aqui por amor? Ele tá aqui por competência? Eu fiz essa pergunta a ele, queria que ele estivesse aqui de novo’, asseverou Val.
“Então quero parabenizar vocês dos sites que são verdadeiros, muitos picaretas, desculpe a expressão senhores, picaretas que vem para Madre de Deus achar que nós somos carneiros”, completa.
Nota do Bahia Manchetes
O repórter Junior RoboCop que foi alvo de críticas na Câmara, utilizou um link de uma reportagem do portal, para destacar um texto opinativo, cheio de lacunas, com o objetivo de agradar patrocinadores e desqualificar colegas. Essa atitude, cria arranhões entre profissionais, favorecendo o clima de revanchismo desnecessário no exercício da função.
O repórter em questão, sempre participou ativamente da política, conquistando parcerias na região, mas isso não significa que tenha que rastejar para garantir benefícios financeiros, muito menos, depreciar um trabalho sério que nem todos estão dispostos a fazer.
O Bahia Manchetes trabalha com imparcialidade, e é compreensível que em alguns momentos um político ou outro, demonstre insatisfação por informações reproduzidas, assim como ocorre com veículos de comunicação que realizam um trabalho sério na região, e em todo país.
Elogiar e parabenizar o trabalho exercido por colegas nos bastidores, e criticar pelas costas, não enobrece o profissional, porém, macula o trabalho de comunicadores que exercem a função de forma plena. O comportamento de Junior RoboCop é compreensível, mas afirmar que conta com ‘milhares de acessos’ e ‘credibilidade’ não destacam os serviços prestados, sem uma bassula moral que funcione para moldar a conduta do profissional.
O Bahia Manchetes informa ainda que não é contra veículos de comunicação que tenham parcerias, que garantem que o profissional de comunicação continue exercendo a função. Por outro lado, mesmo respeitando, não considera correto citar a ética profissional por conveniência após conchavos que favorecem certos comunicadores que optaram em viver a sombra do poder.
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