Val chama Kátia Carmelo de “podre” e é aplaudido na Câmara de Madre de Deus

Da tribuna, Val disse que existem duas administrações na cidade: uma para ricos e outa para pobres.

Vereador Val Peças (PSB) (Foto: Reprodução Bahia Manchetes)

Com discurso de críticas ao governo, o líder da oposição na Câmara de Madre de Deus, vereador Val Peças (PSL)  descreveu Kátia Carmelo, responsável pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (SUCOM) como uma pessoa “podre” ao citar denúncias contra ela no Ministério Público da Bahia. O vereador endureceu o discurso no plenário na terça-feira (21) após a SUCOM realizar uma operação no último sábado (18), que acabou destruindo um banheiro em uma invasão conhecida como Lagoa.

Da tribuna, Val disse que existem duas administrações na cidade: uma para ricos e outa para pobres. Segundo ele, a responsável pela SUCOM questionou a invasão dos pobres, mas não impediu a invasão do rico no Bairro da Cururupeba.

“Desmatou a Cururupeba sem licença ambiental, porque Kátia Carmelo não foi pra lá impedir aquela invasão lá, e tá loteando tudo (…) abra aí internet, e veja que podre essa mulher é”, disse o vereador que foi ovacionado pela galeria. 

O parlamentar leu uma informação que apontava que o patrimônio dela cresceu durante a sua passagem pela SUCOM da capital baiana.

“Kátia Carmelo, teve pedido de bloqueio de R$ 1,4 milhão, em bens deferidos pela justiça. Além disso, há dois anos, Kátia Carmelo foi condenada por injuria, calúnia e difamação a um processo movido por um advogado, ainda têm muito mais (…) 15 minutos é muito pouco pra falar dessa cidadã”, disse. 

De acordo com o vereador,  a responsável pela SUCOM junto com o secretário de meio ambiente autorizou uma empresa a invadir uma área na cidade, disse ainda, que é mesma empresa que tomou conta da ilha dos frades.

“Está invadindo porque o prefeito esta deixando, porque os pobres têm como colocar polícia pra ir pra cima, os ricos não. Os ricos eles não vão lá… Vocês estão sendo perseguidas mães de família, porque não têm nada a oferecer a Kátia Carmelo nem ao secretário de meio ambiente (Luís Montal)”, afirma.

 O vereador denunciou que o dono do “Genvelho” um “cidadão comum pagou o IPTU no valor de R$ 126 mil a vista”. Para o edil, apesar do desmatamento nessas áreas “ninguém vai lá, não falam porque tem medo, porque é empresário e tem dinheiro”.

“Essas mães de família que invadiram só 20 metros quadrados. Derrubaram um banheiro, enquanto Suarez tá aqui também, aí deram licença ambiental”, completa o parlamentar.

Ele pediu aos colegas para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar quais foram os motivos que levaram a prefeitura  a autorizar a licença ambiental de áreas invadidas por empresários e porque a prefeitura recebeu impostos de um suposto dono. Val também afirmou que a secretária de desenvolvimento social, Naiara Cardoso, esposa do prefeito Jeferson Andrade, não apareceu na área invadida para auxiliar as famílias.

O presidente da Câmara, vereador Marden Lessa (PC do B), também foi solidário as famílias que estão no terreno invadido.

“Eu não devo meu mandato a forasteiro nenhum, eu não devo meu mandato a nenhum destes  que não levantaram a bandeira de Jeferson e que se acham no direito de vir aqui oprimir vocês! Não contem comigo não”, disse o presidente.   

 

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