Madre de Deus completou 32 anos de emancipação político-administrativa neste domingo (13). A tradicional missa na Igreja Matriz abriu a programação.
Além da alvorada de fogos, as bandeiras da cidade, da Bahia e do Brasil foram hasteadas em frente à Câmara de Vereadores.
Logo depois, aconteceu a sessão solene no plenário do poder Legislativo com a participação de autoridades. A cerimônia foi transmitida através das redes sociais da Prefeitura e da Câmara.
Durante pronunciamento, o prefeito Dailton Filho (PSB) destacou o aniversário da cidade e relatou as dificuldades na administração ao que chamou de “cenário adverso”.
“Madre de Deus completa 32 anos de existência, sem dúvida alguma, enfrentando os maiores desafios dessa breve, mas tão grandiosa história”, disse em um trecho do discurso lido na tribuna.
O chefe do Executivo também fala em ‘reconstruir a cidade’ e nas ações de combate à Covid-19. O político afirma que mesmo sem esconder as dificuldades a mensagem dele é de “fé, esperança, compromisso com o futuro, dedicação” e união.
Sem citar nomes, o gestor voltou a criticar ex-prefeitos e responsabilizá-los por problemas atuais na administração: “Chegou a hora de deixar isso claro.”
O mandatário afirmou que escuta e assiste em silêncio o que descreveu como “absurdos” ditos por quem Dailton classifica apenas como “eles” e seus “apoiadores”.
“Exigindo de mim em seis meses, o que não fizeram em dez anos. Como se não fossem diretamente responsáveis pelo sucateamento dos equipamentos públicos do nosso município, como se não estivessem enrolados em inúmeras denúncias e processos”, tergiversou.
Dessa vez, as críticas do prefeito foram direcionadas as gestões da última década, diferente do texto compartilhado por ele no Facebook no dia 23 de maio, no qual escreveu que estava sendo “pressionado a consertar 16 anos de desvios, descaso, desemprego e marketing barato”.
Segundo ele, adversários políticos apostam nas notícias falsas e boatos nas redes sociais para atrapalhar e confundir. Dailton definiu ainda como “desfaçatez” que revolta e o estimula para mostrar a verdade e desvendar o nível de irresponsabilidade da política praticada nos últimos anos.
Ele afirma que o modelo administrativo adotado por ex-prefeitos protegia “políticos prósperos” enquanto o povo padecia.
“Isso tem que mudar, vai mudar e está mudando”, disse de forma enfática para o delírio de uma claque de aliados e funcionários da prefeitura que estavam no plenário da Câmara.
Após quase 8 minutos de críticas, semelhantes as que foram proferidas ao longo da disputa eleitoral. O prefeito Dailton afirmou que não está no cargo para guiar o governo pelo retrovisor.
O gestor acrescenta que pretende andar e pensar para frente, unido forças com aqueles que segundo ele, verdadeiramente, amam o município.
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