Filho de Fidel Castro comete suicídio

Ele se matou na quinta-feira (1) aos 68 anos, depois de sofrer de depressão.

© Fornecido por AFP "Fidelito", o filho mais velho de Fidel Castro, se matou aos 68 anos após enfrentar um quadro de depressão

Fidel Castro Díaz-Balart, o “Fidelito”, filho mais velho do falecido presidente cubano Fidel Castro, se matou na quinta-feira (1) aos 68 anos, depois de sofrer de depressão. A morte comoveu o país, onde era muito conhecido, apesar de nunca ter ocupado cargos políticos.

“O doutor em Ciências Fidel Castro Díaz-Balart, que vinha sendo atendido por um grupo de médicos há vários meses por um estado depressivo profundo, atentou contra sua vida na manhã de hoje, primeiro de fevereiro”, comunicou o jornal oficial Granma.

Muitos lembram dele ainda menino, vestido com o uniforme verde oliva, quando entrou em Havana ao lado de seu pai em 8 de janeiro de 1959 como parte da Caravana da Vitória, que levou Fidel do leste ao oeste da ilha.

O filho mais velho de Fidel sempre foi um fiel adepto da revolução de seu pai.

A notícia do suicídio, também divulgada no telejornal nacional durante a noite, pegou de surpresa os cubanos e acontece apenas 15 meses após a morte de seu pai, que faleceu em 25 de novembro de 2016 aos 90 anos.

De acordo com a imprensa oficial cubana, como parte de seu tratamento por depressão, “Fidelito” – como era conhecido no país – “pediu inicialmente um regime de hospitalização e depois se manteve em acompanhamento ambulatorial durante sua reintegração social”.

“No momento de seu falecimento ele era Assessor Científico do Conselho de Estado e vice-presidente da Academia de Ciências de Cuba”, segundo a imprensa.

Muito parecido com o pai, inclusive na altura e barba, “Fidelito” foi filho do casamento do líder da revolução cubana com Mirtha Díaz-Balart, sua primeira mulher, da qual se separou após o triunfo de 1959. Mirtha Díaz-Balart mora na Espanha.

Nascido em 1 de setembro de 1949, formado em Física na ex-União Soviética, “Fidelito” ocupou o cargo de Secretário Executivo da Comissão de Assuntos Nucleares de 1983 até 1992.

Em seu primeiro casamento, com Olga Smirnov, teve dois filhos: Fidel Antonio, de 37 anos, doutor em Ciências e Tecnologia nuclear, e Mirta María, de 34, doutora em Matemática.

No enterro do pai foi visto ao lado dos cinco meio-irmãos – Antonio, Angel, Alex, Alexis e Alejandro – que Fidel Castro teve em seu casamento com Dalia Soto del Valle, a viúva oficial.

Outra filha de Fidel Castro, Alina Fernández, mora nos Estados Unidos, de onde criticava as políticas e o governo de seu pai. Alina é filha de uma relação extraconjugal de Fidel com Natalia Revuelta.

Por parte de mãe, “Fidelito” era primo dos políticos republicanos americanos Lincoln e Mario Díaz-Balart, de longa trajetória política anticastrista.

Em suas últimas aparições públicas, “Fidelito” discursou sobre a nanociência, tema que estudava pelo interesse demonstrado na questão pelo governo de seu tio Raúl Castro.

O funeral será organizado pela família,  em uma data que ainda será definida.

/Via AFP

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