Dois vereadores se articulam para comandar a Câmara de Madre de Deus em 2019

Dois nomes da base governista estão no páreo.

Bate-boca entre vereador e advogada interrompe sessão na Câmara de Madre de Deus (Foto: Reprodução)

As articulações para Mesa Diretora da Câmara ganham força nos bastidores do Legislativo e Executivo em Madre de Deus. Por ora, ao menos dois nomes são ventilados para a Presidência. Os dois, apostam na eleição para fortalecimento de projetos futuros.

No páreo, estão Paulinho de Nalva (PRB) e Anselmo Duarte (DEM). A intenção de aliados  é que a base escolha um nome, para que as composições sejam viabilizadas, uma vez que ambos integram o mesmo grupo político. Circula em reserva, que o modelo de negociação política adotado pelo prefeito Jeferson Andrade poderá causar desconforto entre aliados na indicação da presidência .

Até o momento, o gestor ainda não emplacou um nome para o comando do Legislativo. Sem o apoio do PRB, uma candidatura que não seja do partido não tem votos suficientes para eleger o presidente. A disputa interna entre aliados, pode dificultar a governabilidade do prefeito no futuro.

Para o clareamento do cenário, os aliados  precisam definir  qual governista concorrerá: Anselmo ou Paulinho. A escolha é necessária para evitar um racha na base liderada por Jeferson e, consequentemente, a fragmentação do grupo político.

A divergência na disputa, pode ser justificada pela postura do chefe do Executivo, que alijou o alinhamento da base governista ao legitimar sua liderança autocrática, e uma gestão impopular carregada de falhas. Defender a administração, pode gerar situações desagradáveis, como aconteceu com a vereadora Cláudia Copque (PSB) que chegou a ser vaiada na Câmara ao sinalizar o que considerou como positivo na administração municipal.

Para o PRB, após o resultado das últimas eleições, a presidência significa fortalecimento da legenda que apesar de ter três vereadores na Casa e o vice-prefeito, aparece como coadjuvante no cenário político. Independente de a  vereadora Joyce Lima ter conquistado um resultado favorável no pleito com os deputados federal e estadual, a sigla ainda não conseguiu destaque na política municipal.

Paulinho tenta impulsionar a corrida pelo comando do Legislativo local com o apoio da oposição. Isso não agrada alguns aliados do prefeito. As costuras feitas através de ofertas aumentam o tom da disputa interna e fragiliza o grupo situacionista. As estratégias para garantir o comando do Legislativo, podem variar de acordo com os cotados.

Um dos modus operandi, não segue a velha cartilha do chamado “toma lá, dá cá”, e utiliza a prática de promessas futuras do loteamento de cargos para garantir apoio para presidência. A outra estratégia,  poderá apostar em uma oferta irrecusável para mudar a opinião e conquistar o apoio necessário para vencer. Para “fisgar” os votos, as articulações ficaram mais  intensas com a proximidade da disputa. O momento é delicado, e uma jogada errada pode reconfigurar o cenário político no município.

O vereador Anselmo, detêm experiência na Casa, mas ainda não conquistou o número de votos suficientes para garantir a eleição. O democrata segue uma estratégia de se cacifar na base como opção para assumir, mais uma vez, o comando da Câmara, posto que ele já ocupou em outras oportunidades.

Apesar do bom trânsito com as diferentes correntes, o ex-presidente da Câmara não é unanimidade. Ao se lançar à sucessão de Marden, ele sofreu oposição de parlamentares, inclusive, de governistas.

Com a maior bancada da base do prefeito, a candidatura de Paulinho também enfrenta resistência de aliados, porém, já  conta, por hora, com os votos do partido e de mais três vereadores de oposição.  Teoricamente, o número é suficiente para garantir a presidência.

Os que sinalizam apoio a Paulinho, têm se reunido nos últimos dias para tratar da sucessão na Casa.  De acordo com apoiadores, a palavra de ordem nesses encontros é manter os votos até a eleição. A desistência de um dos parlamentares da sigla, poderá fragilizar a legenda e carimbar a falta de autonomia do partido. Sem o apoio necessário para vencer, o PRB  ficará em situação desconfortável dentro da base, correndo o risco de sofrer retaliações futuras.

Nos bastidores, aliados acreditam na coalizão da base, e esperam que a escolha do nome não cause dissidência entre os governistas. A expectativa é que alguns parlamentares antecipem os votos durante a sessão desta terça-feira (27), reduzindo as chances de possíveis surpresas na escolha do futuro presidente do poder Legislativo.

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