Dois dos mais tradicionais fabricos de licor são interditados em Cachoeira

nterdição aconteceu nesta terça-feira (21) e foi feita por agentes da Polícia Federal.

Dois dos mais tradicionais fabricos de licor são interditados em Cachoeira — Foto: Arquivo Pessoal.

Os “Licores do Roque Pinto” e “Arraiá do Quiabo”, dois dos mais tradicionais fabricos de licor da Cachoeira, no recôncavo baiano, foram interditados pela Polícia Federal, nesta terça-feira (21).

Segundo informações da prefeita de Cachoeira, Eliana Gonzaga, a interdição aconteceu por volta das 12h e foi feita por agentes da Polícia Federal.

A prefeitura sinaliza que a interdição impacta o município. Só o fabrico Roque Pinto emprega 60 pessoas. O “Licor de Cachoeira” virou sinônimo de qualidade, tanto que a bebida está em processo de patrimonialização.

Nesta semana de São João havia uma expectativa de venda alta na cidade. De acordo com a prefeita, o poder público tem atuado junto à Associação dos Licores e aos fabricos interditados para tentar reverter a situação.

Eliana Gonzaga também informou que a Vigilância Sanitária do município realiza fiscalizações e os fabricos de licor de Cachoeira atendem todas as normas e exigências.

Fiscalizações

Em 11 de maio, técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fiscalizaram fabricos de licor da cidade de Cachoeira e fizeram uma série de exigências e adequações.

Segundo a Associação dos Fabricos de Licor de Cachoeira, ocorreram duas visitas e foi estipulado um prazo de 60 dias para que os locais atendessem exigências. O prazo terminaria em 11 de julho.

De acordo com o presidente da associação e gestor do fabrico “Licores Roque Pinto”, Roseval Pinto, o Mapa constatou irregularidades perante o Ministério da Agricultura. Nas visitas anteriores, os técnicos multaram a empresa e disseram que elas tinham que se adequar.

Após as fiscalizações em maio e junho a associação se reuniu, a prefeitura interviu e conseguiram esse prazo de 60 dias para que os fabricos de licor se adequassem.

A associação informou que as adequações que o ministério da agricultura exige são: mudanças no espaço físico dos estabelecimentos; contrato de um químico responsável, ou engenheiro de produção ou engenheiro químico; registro junto ao Mapa de cada um dos produtos que os estabelecimentos fabricam; e um documento com a planta do local e uma espécie de inventário de tudo que tem no fabrico (móveis, objetos, quantidade desses objetos, local onde ficam instalados/armazenados).

A associação informou que receberam a informação de que pode contratar um profissional para todos os fabricos, mas ainda não fez isso.

Na segunda-feira (20), Roseval Pinto afirmou que ele e o fabrico “Arraiá do Quiabo” se uniram e contrataram juntos emergencialmente um profissional.

Antes da fiscalização desta terça-feira (21), licores de “Roque Pinto” e “Arraiá do Quiabo” foram retirados de dois supermercados de Salvador por fiscais do Mapa.

“Para completar, esse mesmo pessoal começou a prender nossas mercadorias num supermercado em Salvador. Dois supermercados, não lembro quais. O dono do mercado disse que esse pessoal visita ele, mas fiscaliza o setor de carne, e dessa vez foi especificamente da área de licor”, informou Roseval Pinto.

Quanto à associação dos fabricos de licor de cachoeira, até a segunda-feira (20) o plano era de que os associados se reuniriam após o período junino para contratar um químico responsável.

A reportagem entrou em contato com o Mapa, que disse que não comenta detalhes dos processos administrativos ou de ações fiscais em andamentos. Com informações do G1.

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