Condenado a 7 anos de prisão por matar dançarino  havia morrido um ano antes de júri

Informação foi confirmada pela Defensoria Pública e pelo Tribunal de Justiça, que disse ter tentado intimar suspeito.

Augusto Omolú foi morto em 2013. — Foto: Fiora Bemporad

O homem que foi condenado por júri popular, em 23 de maio, a 7 anos de prisão em regime semiaberto por matar o bailarino Augusto José da Purificação Conceição, conhecido como Augusto Omolú, já havia morrido um ano antes da realização do julgamento.

A informação foi divulgada ao G1 pela Defensoria Pública da Bahia (DPE), que defendia o réu, e pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que só ficaram sabendo do óbito depois de proferida a sentença dele.

O júri popular de Cleverson Santos Teixeira, que confessou ter matado Augusto Omolú, foi realizado em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador.

O réu morreu no dia 16 de abril de 2018, no Hospital Prado Valadares, em Jequié, no sudoeste baiano, após ter sido agredido com arma branca. Consta na certidão de óbito que a causa da morte foi a “instabilidade hemodinâmica secundaria, abdome agudo hemorrágico e inflamatório, instrumento perfuro contudentes”.

Não há informações sobre quem cometeu o crime e nem a motivação.

A Defensoria Pública disse que não tem acesso ao sistema no qual consta o óbito do réu e que, por conta disso, não ficou sabendo da morte dele. Afirma que, antes do julgamento, tentou entrar em contato com Cleverson e com a família dele. No entanto, ninguém compareceu à Defensoria.

Segundo a Defensoria, não houve uma consulta ao cartório, que tem acesso ao sistema que informa todos os óbitos no país, antes da realização do julgamento. Ainda de acordo com o órgão, como a lei permite que o Júri seja feito sem a presença do réu, o julgamento foi, então, realizado. Com informações do G1.

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