Colônia de pescadores quer indenização por “destruição do mangue” no Genvelho, em Madre de Deus

A Colônia de Pescadores e Marisqueiras Z-48 divulgou uma carta na quarta-feira (24) , em que convoca os seus associados para processar a empresa.

Colônia de pescadores quer indenização por “destruição do mangue” no Genvelho, em Madre de Deus

A Colônia de Pescadores e Marisqueiras Z-48 divulgou uma carta na quarta-feira (24) , em que convoca os seus associados para processar a empresa Patrimonial Ilha dos Frades pelo empreendimento feito na localidade conhecida como “Genvelho”, em Madre de Deus. Segundo a carta, o  “aterramento”  e  a “destruição do mangue” provocado pela obra tem prejudicado centenas  de pescadores e marisqueiras da região.

O vereador Juscelino Silva foi o primeiro a questionar os impactos ambientais que foram gerados com a obra. Em um vídeo, o edil criticou a falta de posicionamento do prefeito Jeferson Andrade e classificou como “absurdo” o desmatamento do manguezal. (Relembre aqui)

Conforme Juscelino, a obra no “Genvelho” tem a extensão dos dois maiores bairros de Madre de Deus (Suape e Cação) e está sendo tomada pela empresa Patrimonial Ilha dos Frades. Nas imagens, o parlamentar mostra parte do mar sendo invadido e aponta a falta de fiscalização do poder público em uma área que deveria ser de preservação permanente.

No vídeo, o vereador convocou ainda a população para entrar com uma ação contra a obra que segundo ele, ocupa mais de 60 mil metros quadrados: “Pegando de Madre de Deus a próximo de Santo  Estêvão, é essa área que esta sendo tomada. E o gestor diz que não tem espaço para trazer fabricas para empregar o nosso povo”.

O empresário Ivanilson Souza também denunciou numa rede social os impactos causados pela empresa. Ele registrou imagens e sinalizou os efeitos causados na vegetação. (Relembre aqui)

No post, ele ressalta que é a favor do progresso no município, apontando benefícios como a geração de emprego e renda. Discorrendo em seguida sobre os problemas causados pelo empreendimento.

“A trilha ficava longe do empreendimento, a mais de 50 metros, mas hoje já chegou em nossa trilha, cortou parte da trilha deixando um barranco de quase 15 metros de altura. Risco enorme de alguém se acidentar”, escreveu.

Ele acrescenta que “sabemos que a feira e a peixaria sera aí. Mas é preciso saber o que mais será construído porque a área é muito grande. Se tiver muitos benefícios para o turismo, para o povo e o comércio sou a favor”.

Por fim, o empresario afirma que “pelas questões ambientais acha que a empresa  “tem que arcar com as responsabilidades e deve ter as punições devidas”.

 

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