Bolsonaro afirma que espera que essa seja a última semana de quarentena

O presidente classificou as medidas de isolamento social adotados por governadores e prefeitos como ações "excessivas".

'Petrobras é um problema', diz Bolsonaro ao presidente da Turquia-Foto: reprodução youtube/TV Brasil.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na segunda-feira (20) que espera chegar ao fim da quarentena em razão do novo coronavírus já nesta semana. O presidente classificou as medidas de isolamento social adotados por governadores e prefeitos como ações “excessivas” em alguns Estados e destacou que “não atingiram seu objetivo”.

“Dá para recuperar o Brasil ainda. Eu espero que essa seja a última semana dessa quarentena, dessa maneira de combater o vírus, todo mundo em casa. A massa não tem como ficar em casa, porque a geladeira está vazia”, afirmou o presidente.

Antes de deixar o cargo, o agora ex-ministro Luiz Henrique Mandetta chegou a falar em “dias duros” da doença entre maio e junho, ou até julho (mês já descoberto pelo auxílio). Por e-mail, o Ministério da Saúde informou que as notificações por doenças respiratórias costumam crescer no País entre o início de maio e meados de agosto.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que Estados e municípios têm o poder de estabelecer políticas de saúde, inclusive questões de quarentena e a classificação dos serviços essenciais. O Supremo julgou o questionamento da medida provisória que concentrava no governo federal decisões sobre o combate à pandemia.

Como tem repetido nos últimos dias, Bolsonaro apontou que 70% da população será contaminada pelo vírus. Ele também voltou a ressaltar os efeitos da pandemia na economia brasileira.

“A situação econômica do Brasil está se agravando, cada ponto porcentual de decrescimento para o Brasil, ou cada ponto porcentual de mais desemprego, a consequência é a violência, o caos, são mortes, a fome, a desgraça, tudo que está aí”, declarou nesta manhã ao sair do Palácio do Alvorada.

O presidente disse ainda que conduz o País de acordo com os interesses da população e fez menção à demissão de Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, que defendia as ações de isolamento.

“Se tiver que demitir qualquer ministro, demito”, disse. E acrescentou que a fala não era uma ameaça: “Não tem ameaça da minha parte, mas se ele desviar daquilo que eu prometi durante a pré-campanha e a campanha, lamentavelmente, ele está no governo errado, vai para outro barco, vai tentar em 22.” Com informações do Estadão.

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