“Campo Formoso, município com maior área territorial da Bahia, toca um hospital com R$ 350 mil senhoras e senhores. O nosso é pago R$ 1,3 milhão e tá aí a ver navio, é o mesmo esquema”. Com essas palavras, o vereador Marden Lessa (PSB) classificou o contrato entre a prefeitura e a empresa que administra o Hospital de Madre de Deus. As declarações foram feitas no plenário da Câmara Municipal na tarde de terça-feira (11).
Sem citar nomes, ele afirma que é a mesma operação, com o mesmo deputado que atua ao lado do prefeito Jailton Polícia (PTB) e do secretário de governo, Anderson Andrade. Dando a entender que se refere ao deputado Nilton Bastos (PP).
“É R$ 1,3 milhão secretário [ de governo, Anderson Andrade] que tá indo pra mão do mesmo deputado, aquele mesmo que vossa senhoria criticava, e que hoje, estão tomando café todo mundo junto”, disse Marden para uma claque de pessoas que assistiam a sessão.
Em outro momento, Marden disse que o vereador Kikito Tourinho (PTB) denunciou agentes políticos no plenário por receber a rescisão, e atualmente eles estão no governo.
Em seguida, ele explica as críticas proferidas a administração municipal na semana passada na qual definiu como “roubalheira”: “Tô falando no esquema pesado que ameaça pais e mães de família pra poder ficar acuado.”
Ele acresenta que “esse o sistema que está aí” que ” vem falir a nossa cidade, tirar o direito dos meus filhos, dos meus netos”.
Ainda conforme o edil, o sindicato dos médicos esteve no hospital pela primeira vez porque não tem equipamentos de proteção individual para os médicos e para população da cidade que está na linha de frente do coronavírus.
“É essa é a gestão que vossa senhoria defende [secretário Anderson Andrade], é essa a gestão que vossa senhoria tá preocupado nas redes sociais, sabe com o quê? Em convidar Amilton Pereira [Presidente Municipal do Solidariedade] em um chapa derrotada! O povo está cansando, o povo não quer mais isso secretário, não tolera mais isso”, argumentou Marden.
Na sessão passada, o vereador Marden também afirmou que não tem duvidas que o hospital é usado para fazer “negociações pesadas”, “nebulosas, nefastas” e “escrotas” para população da cidade.
“O procurador do município de Madre de Deus, Dr. Roberto Cal, é o mesmo advogado que defendeu a APMI, trazida pelo senhor Nilton Bastos, há época secretário de governo desse município”, disse em referência a uma das empresas que administrou o Hospital Municipal, deixando dividas com prestadores de serviços.
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