A oposição ao prefeito Jeferson Andrade (DEM) apareceu em um vídeo de fim de ano feito pelo pré-candidato à prefeitura de Madre de Deus, Dailton Filho (Avante), realizado na igreja Matriz e compartilhado em seu perfil no Facebook no dia 1º de janeiro.
Em uma das imagens é possível ver o vice-prefeito Jailton Polícia (PRB) que também é pré-candidato à prefeito no município, em uma conversa descontraída com Dailton. Além disso, a bancada oposicionista na Câmara, composta pelos vereadores Kikito Tourinho (PPS), Val Peças (PSL), Juscelino Silva (PPS) e Jodiane Alves (PRB) também marcaram presença.
Dailton e Jailton fazem pré-campanhas distintas, mas não descartam a possibilidade de marcharem juntos contra o nome que vai encabeçar a chapa governista. Por ora, Dailton Filho, Marden Lessa (PC do B), Jailton Polícia e Nita de Brito (PP) são os quatro pré-candidatos ao cargo de prefeito no município. Apesar das divergências, o alinhamento no discurso em torno de um único nome poderá fortalecer a disputa em favor da oposição, mas existem aqueles que torcem por uma 3ª via política e fragmentação do eleitorado, que na prática, pode ajudar o grupo situacionista.
O governo ainda não definiu oficialmente, quem será o sucessor de Jeferson e alguns dos nomes ventilados já são vistos com “bolões de ensaio”, como do empresário Valdenir Noronha (PSD) que foi apresentado como pré-candidato pelo Senador e Presidente Estadual do PSD, Otto Alencar. Longe dos holofotes, fontes ligadas ao governo apontam que Noronha foi lançado apenas para testar sua viabilidade eleitoral e garantir a permanecia do PSD na base governista.
Além de Noronha, o Secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Luís Montal, que atualmente ocupa o cargo de menor expressão em sua carreira política, lançou uma pré-candidatura risível que não emplacou, nem ampliou o seu espaço na estrutura do governo. A pré-candidatura do vereador Juscelino Silva (PPS) também não ultrapassou os muros da Câmara após cerca de três discursos despretensiosos feitos na Casa pelo parlamentar.
Por outro lado, a costura entre Marden e os vereadores de oposição que resultou numa derrota constrangedora de Jeferson na Câmara ampliou a crise interna no governo. Além disso, a reaproximação entre o vereador licenciado e o vice-prefeito podem causar sérios problemas no centro do tabuleiro governista. O comunista foi o primeiro nome a ser lançado no lado situacionista. Porém, até o momento não recebeu nenhum sinal positivo do governo e não é unanimidade na base.
Enquanto isso, a pré-candidatura de Nita recebe apoio de antigos “carrascos”, aliados de primeira hora. No entanto, ela ainda não conseguiu emplacar seu nome que sofre certa rejeição no grupo.
O cenário de disputa interna e sob uma preferência velada do governo em favor de um nome para sucessão do prefeito, pode contribuir para um novo racha no grupo liderado por Jeferson. A disputa interna tende a deixar fissuras na relação entre os aliados, colocando em xeque a governabilidade do alcaide na Câmara.
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