Multidão acompanha enterro de vítimas de desabamento em Salvador

Mãe, filhos e tio morreram na tragédia ocorrida no bairro de Pituaçu, em Salvador, na terça (13). Três pessoas da mesma família sobreviveram.

Bebê de um ano foi o primeiro a ser enterrado (Foto: Maiana Belo/ G1)

Uma multidão acompanhou o enterro das quatro vítimas do desabamento de um prédio no bairro de Pituaçu, em Salvador, na tarde desta quarta-feira (14). Os sepultamentos ocorreram no Cemitério Municipal de Brotas, sob forte comoção de familiares e amigos.

Morreram na tragédia: Rosemeire Pereira de Jesus, de 34 anos, mãe de Robert de Jesus, de 12 anos, e de Artur de Jesus, 1 ano, e irmã de Alan Pereira de Jesus, 31 anos. Artur foi o primeiro a ser enterrado. Em seguida, foram sepultados a mãe, o tio do garoto, e o irmão dele.

O desabamento ocorreu no início da manhã de terça-feira (13). Três pessoas sobreviveram: Alex Pereira, irmã de Rosemeire e Alan, a mulher dele, Bianca Menezes, e a filha do casal, Sabrina.

A mãe de Rosemeire e Alan, Iara Maria Silva de Jesus, 55 anos, compareceu ao enterro, mas não conversou com a imprensa. Um dos sobreviventes, Alex, também foi ao sepultamento dos irmãos e sobrinhos. Ele se emocionou muito durante a cerimônia.

“Família maravilhosa e muito unida. Era uma família que se amava”, lembrou a amiga das vítimas Juliana Abreu Alcântara.

Juliana também falou sobre Rosemeire e as crianças. O filho dela estudou com Robert e eram amigos desde pequenos. “Ela era uma mãe guerreira, mulher que batalhava para cuidar da família. Robert um menino muito educado, tinha o sonho de jogar bola, era estudioso”, contou.

As crianças também foram lembradas com carinho pelos vizinhos. “[A tragédia] abalou a estrutura do alto [do São João]. Rose estava muito feliz com os filhos. Artur estava aprendendo a andar. Ele [Artur] estudava com meu filho. A gente sempre se encontrava no caminho quando ia deixar os meninos na creche”, disse Larissa Gomes Gonçalves.

A aposentada Rosália Genoveva foi ao velório para representar a filha, que era amiga de Alan Pereira e não pôde ir ao sepultamento.

“Eu moro no Rio Sena [subúrbio de Salvador] e, apesar da distância, não poderia deixar de fazer minha última homenagem. Ele vivia na minha casa, era muito gentil, amigo de todo mundo. Minha filha quando fazia amigo secreto no final do ano, incluía ele. Ele dormia na minha casa, muito amigo da minha filha e do meu genro. Fiquei sabendo pela televisão. Eu via e não acreditava”, disse.

Uma jovem amiga da família, Duda Santos de Andrade não esqueceu de falar do cachorro Nino, único sobrevivente da parte de baixo do imóvel. “Hoje [quarta-feira] ele correu a rua toda e só queria ficar no lugar da casa”, disse. Com informações do G1.

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