Mais de 100 macacos foram capturados com suspeita de febre amarela em Salvador

Do total de animais recolhidos,122 morreram e 11 estavam vivos, mas aparentemente doentes.

Primeiro macaco que morreu em Salvador em 2018 com suspeita de raiva ou febre amarela (Foto: SMS/ Divulgação)

A prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informou nesta segunda-feira (5), que desde o início de janeiro até 28 de fevereiro deste ano, 133 macacos foram capturados com suspeita de febre amarela, na capital baiana. Em todo ano de 2017, foram confirmadas 13 mortes de macacos infectados com a doença, em Salvador.

Do total de animais capturados em 2018, 122 estavam mortos e 11 vivos, mas aparentemente doentes. Eles foram submetidos a exames laboratoriais para detecção da febre amarela ou raiva. Os materiais coletados dos animais em Salvador já foram encaminhados para o Laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro, referência nacional para esse tipo de análises.

De acordo com a SMS, até o momento, os exames descartaram a presença do vírus da doença nas 10 primeiras amostras analisadas pelo órgão. Outras amostras que seguiram para análise na Fiocruz ainda não tiveram resultado da análise divulgado.

Ainda segundo a secretaria, após a identificação dos macacos com suspeita da doença, equipes do Centro de Controle de Zoonose (CCZ) são encaminhadas para os locais onde os animais foram encontrados para borrifação de inseticida com o intuito de eliminar possíveis mosquitos infectados.

Macaco não transmite a doença

Conforme a prefeitura, as pessoas não devem matar os animais, pois eles não transmitem o vírus da febre amarela, doença que tem como vetor o mosquito Aedes aegypti, o mesmo causador da dengue, zika e chikungunya. O macaco é um sentinela da doença, ou seja, indica quando ela está presente.

Segundo a prefeitura, ao matar um macaco, a pessoa pode responder por maus-tratos e ser enquadrada no artigo 29 da Lei 9605/98 – Lei de crimes ambientais, com pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa.

Desde 19 de fevereiro, a SMS iniciou a campanha de vacinação contra febre amarela com dose fracionada. Entretanto, pouco mais de 17 mil doses foram aplicadas, número considerado baixo e longe da meta que é ter 95% da população vacinada. No dia “D” da Vacinação, a procura pela vacina também foi baixa.

Mais de 1.880 mil pessoas ainda precisam se imunizar no munícipio. A vacina está disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, nas 41 unidades de referência da rede municipal.

O Ministério da Saúde afirma que a vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas. Para estes grupos, é necessária a busca de ajuda médica e o profissional de saúde é quem vai avaliar o benefício e o risco da vacinação, levando em conta o risco de eventos adversos. Com informações do G1.

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