Cerca de 30 funcionários do Hospital Dr. Eduardo Ribeiro Bahiana, em Madre de Deus, paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira (15) e realizam protesto em frente à unidade. Apesar da manifestação, não houve interrupção no atendimento.
Eles relatam que a empresa antes de deixar a unidade teria informado que iria pagar aos funcionários, mas nada foi resolvido. Segundo eles, essa é a terceira empresa que dá calote nos funcionários terceirizados do hospital.
“A empresa saiu não pagou nossa rescisão, não pagou nosso salário de novembro, não pagou o 13º , não pagou a porcentagem das férias, não pagou nada, a gente tá aqui a ver navios, sem saber, sem eira nem beira, assinamos contracheque sem ter dinheiro [na conta]. Um vai jogando pro outro, diz que não teve, ninguém sabe de nada”, lamentou um dos manifestantes que não quis ser identificado.
Outra funcionária informou que a nova empresa assumiu a administração do hospital, mas não trouxe materiais.
“Não tem álcool, não tem algodão, não tem sabão, mandando economizar. Como é que uma empresa assume o lugar de um outra com resto de material de uma empresa passada”, questionou a colaboradora.
Uma manifestante também reclamou que os atendimentos do Centro de Referência para Síndromes Respiratórias está sem médicos há mais de duas semanas. Ela aponta que são contratos diferentes e não deveriam ser feitos em locais distintos.
“Ficam mandando pra emergência e mandando a gente atender. A gente pode se contaminar e contaminar outros pacientes: doença cruzada porque atendeu um que tá com covid-19, vai atender uma criança, um idoso normal passando e repassando, isso não pode”, denunciou.
O Hospital Dr. Eduardo Ribeiro Bahiana, enfrenta problemas há muito tempo, segundo moradores. Colaboradores informaram que durante a gestão do prefeito Jeferson Andrade, a empresa APMI deixou o hospital, mas ficou devendo aos funcionários.
Eles contam ainda que na gestão do prefeito Jailton Santana a empresa IGST saiu deixando uma nova dívida. Um deles lembra que o prefeito havia informado na rádio Madre FM que iria segurar o pagamento para não prejudicar os funcionários. Apesar das declarações, os colaboradores não receberam.
Eles afirmam que a empresa S3 disse que iria pagar , mas que a situação ainda não foi resolvida. Eles apontam ainda que não conseguem nem mesmo uma previsão.
O Bahia Manchetes não conseguiu falar com a antiga empresa que administrava a unidade , mas o espaço está aberto para manifestações sobre o caso.
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