
💔 “Ele tentou me matar, gente… com ciúme besta dele.” Com essa frase, dita com clareza e firmeza, Lea Pui, mulher trans muito conhecida em Madre de Deus, relatou o motivo que levou o companheiro a atacá-la com golpes de faca no rosto e no tórax. O crime, ocorrido na madrugada desta quarta-feira (29), deixou a cidade em choque e provocou uma onda de solidariedade e revolta.
🌈 Lea Pui é cabeleireira e dona de um salão de beleza que se tornou ponto de encontro de mulheres de todas as idades. Conhecida pelo sorriso fácil, pela educação e pelas conversas animadas, ela transformou o local em um espaço de autoestima e alegria.
🩸 Segundo o relato da própria vítima, o agressor agiu por ciúme. Após o ataque, ele teria fugido. Pui foi socorrida e permanece internada em estado delicado, recebendo cuidados médicos.
📹 Em um vídeo gravado já após o socorro, Pui aparece com curativos e pontos visíveis no rosto, relatando o que viveu:
“Ele tentou me matar, gente, com ciúme besta dele. E eu quero que minha família olhe por mim. Tire ele de lá, que ele vá embora, que suma, que esqueça. Eu não quero nem que ele vá preso, eu quero que ele vá embora.”
🚨 O vídeo rapidamente se espalhou nas redes e despertou comoção e indignação entre amigos, clientes e moradores. O caso será investigado pela Polícia Civil.
🏳️🌈 Grupo Arco-Íris LGBTQIA+ emite nota de repúdio
O Grupo Arco-Íris LGBTQIA+ de Madre de Deus divulgou nota pública nesta quarta-feira (29), manifestando profunda indignação e repúdio diante do ataque contra Lea Pui.
Na nota, a entidade descreve o crime como “brutal, covarde e inaceitável” e afirma que o episódio “não pode ser tratado como mais um caso de violência doméstica, mas como expressão direta do machismo, da transfobia e do ódio que ainda ameaçam a vida de tantas pessoas LGBTQIA+ e de tantas mulheres”.
O texto também cobra providências das autoridades, destacando:
“Exigimos das forças de segurança, do Ministério Público e dos órgãos de proteção às pessoas LGBTQIA+ e às mulheres que tomem todas as medidas cabíveis para garantir justiça e responsabilizar o agressor.”
A nota relembra ainda que, poucos dias antes do crime, Madre de Deus havia sediado a Parada da Diversidade, evento que celebrou o respeito e a igualdade.
“Esse contraste escancara o quanto ainda precisamos lutar para que o respeito e a igualdade deixem de ser apenas palavras e se tornem prática cotidiana”, diz o texto.
O Grupo conclui afirmando que “não se calará diante da violência” e reafirma o compromisso de construir “uma cidade mais segura, justa e humana — para todas, todos e todes.”

Seja o primeiro a comentar