Após informatização de saúde, pacientes reclamam que o serviço não melhorou em Madre de Deus

Madre de Deus realiza Dia D de vacinação contra a Covid-19 e Influenza no sábado -Foto: Secretaria Municipal de Saúde de Madre de Deus

Moradores de Madre de Deus reclamam que após a informatização do sistema municipal de saúde o serviço não melhorou. Pacientes relatam que ficou mais difícil de pegar remédios que são distribuídos pela Farmácia Básica. Apesar de o sistema ser informatizado as queixas apontadas por pacientes é o serviço ficou ainda mais burocrático.

Segundo eles, após o médico prescrever o remédio é necessário solicitar a liberação de uma enfermeira no Posto de Saúde da Família (PSF) que o paciente estiver cadastrado. Eles se queixam que quedas no sistema e outras demandas das enfermeiras tem atrapalhado a dispensação.

“Antigamente, eu achava mais fácil né, que a gente já saía do Hospital ia para Farmácia Básica pegava o remédio quando tinha né… Que ainda tem aquela dificuldade que não é todos os remédios que tem. E agora estou achando mais difícil porque tem que passar pela enfermeira, as vezes a enfermeira tá atendendo a gente tem que tá esperando todo mundo ali. Eu acho isso uma humilhação (…)”, disse Ana Claudia Oliveira.

A moradora cadastrada conta ainda que ficou três dias sentindo dores, e só conseguiu pegar o remédio na ultima sexta-feira (22) após a liberação da enfermeira no PSF-2. “O remédio que o médico passou, eu não pude pegar, porque nessa agonia toda aí, vai hoje, vem amanhã. Quando foi hoje [sexta-feira (23)] eu conseguir pegar, um só, porque os outros não tem”, afirmou Claudia que acrescenta que precisou comprar os outros medicamentos para aliviar às dores nas costas e na perna”, finalizou.

PSF-2 localizado na Rua do Barbeirinho, em Madre de Deus

Para a dona de casa, Raimunda Maria, ficou mais difícil para pegar os remédios. Ela conta que o paciente precisa pegar os medicamentos no mesmo dia, caso contrário, precisam solicitar da enfermeira uma nova liberação.“As enfermeiras coitadas estão trabalhando mais do que os médicos”, disse.

Outra queixa é que algumas vezes só conseguem a liberação para o medicamento quase no horário de fechar a Farmácia. A moradora afirma que não tem tempo, nem idade de ficar para cima e para baixo em busca de remédios.

Ela também reclama que a Coordenadora de Atenção Básica, Cecilia Gonçalves esteve na casa dela com o Coordenador Adelmo Bispo, tirou foto, garantiu que iria resolver as demandas da paciente, mas não retornou o contato. Além disso, não devolveu às requisições de consultas da paciente que conseguiu o atendimento médico sem à ajuda da enfermeira.

A Coordenadora de Atenção Básica esteve na residência de dona Raimunda no dia 11 de janeiro, após a moradora denunciar ao Bahia Manchetes que estava sem insulina e fitas para verificação de glicemia.

Na ocasião, a moradora se queixou a reportagem que o Madre Music iria começa naquele dia, mas não tinha insulina na farmácia nem fitas: “Agora é pra matar de vez os diabéticos”, lamentou. (Relembre aqui)

De acordo com dona Raimunda, a Coordenadora registrou imagem, mas só resolveu metade do problema.

“Teve aqui em casa, fez aquela palhaçada toda tirando foto e depois sumiu”, dispara a moradora.

Com a palavra, a Coordenadora de Atenção Básica, Cecilia Gonçalves

A Coordenadora de Atenção Básica, Cecilia Gonçalves, disse ao Bahia Manchetes através de mensagens no celular que às demandas das enfermeiras não interfere o atendimento. Segundo ela, há uma agenda que atende.

Questionada sobre a quantidade de pacientes que esperavam atendimento, ela justiçou que ocorreu uma Conferência Municipal de Saúde nos dias 20 e 21, e que, talvez por essa ausência da enfermeira para participar da conferência o serviço pode ter acumulado. Em seguida, ressaltou que “isso não é rotina”.

Interpelada sobre os problemas no serviço municipal de saúde, ela declarou que poderia esclarecer às dúvidas pessoalmente na Secretaria Municipal de Saúde. Em relação ao sistema, ela informou que abriu um chamado na “informatização para verificar qual o problema”.

Ele também  disse que iria checar  a situação de Dona Raimunda com a enfermeira, mas não esclareceu porque não retornou o contato com a paciente, nem resolveu o problema após levar às requisições.

 

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