A ex-secretária municipal de educação, Nita Brito (PP), usou o seu perfil no Facebook para compartilhar uma foto ao lado do prefeito Jailton Polícia (PTB) e do líder do governo na Câmara, vereador Val Peças (PSB). No post, ela rechaça a rivalidade partidária durante a festa que comemora a emancipação política de Madre de Deus no dia 13 de junho.
Na legenda, Nita afirma que “quem ama verdadeiramente Madre de Deus não faz política neste dia 13, pois independente de opção política, hoje é um dia para comemorar a emancipação da nossa cidade”.
Apesar do clima de conciliação no aniversário de 31 anos da cidade, o antigo grupo liderado por Jeferson Andrade tem se aproximado do atual governo. O trânsito de adversários ampliou os atritos, troca de farpas e indiretas públicas compartilhados nas redes sociais ou revelados nos corredores do poder. A tensão ganha força em certos momentos quando os questionamentos são feitos no Legislativo.
A permanecia de pessoas de confiança de Andrade na estrutura da prefeitura, reforçam as especulações nos bastidores e incomodam correntes na base governista. Lideranças políticas que até ontem, destacavam as ações da gestão de Andrade , agora acenam positivamente como simpatizantes de Jailton Polícia (PTB).
O movimento acontece no mesmo tempo em que apoiadores intensificam os pedidos na web para que Jailton seja candidato a prefeito. Na última vez que foi questionado na rádio local sobre o assunto, Jailton rechaçou os rumores sobre ruptura, afirmando que não dava ibope a esses tipos de comentários e reforçou o alinhamento com o pré-candidato a prefeito Dailton Filho (PSB).
Por outro lado, de forma discreta, aliados mais próximos de Jailton não descartam a possibilidade e apontam a candidatura como algo natural no processo político, porém, temem o desgaste caso seja oficializada. Por ora, o gestor prega união e foca no combate a pandemia, porém, ex-adversários torcem e ventilam informações sobre rompimento para que novos espaços sejam abertos na estrutura governista.
As conversas com integrantes da base que definiram o loteamento de cargos no governo, não agradou alguns aliados que ensaiaram endurecer o discurso no Legislativo. A disputa interna gerou conflitos velados e indiretas nos bastidores. Longe dos holofotes, aliados declaram em reserva que o gestor ofereceu a mesma quantidade de vagas para vereadores, suplentes, novos aliados e antigos.
Em meio à crise provocada pelo novo coronavírus, integrantes das duas correntes políticas tentam afastar a disputa prematura e o clima de revanchismo que tende a deixar fissuras nesta curta relação dos aliados.
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