A filha do prefeito da cidade baiana de Muniz Ferreira, Clara Emanuele Santos Vieira, denunciou ter sido ter sido torturada pelo ex-marido, na cidade de Santo Antônio de Jesus, a 187 km de Salvador. De acordo com informações do G1, ela teria levado socos no rosto, teve os cabelos e dedos cortados. Segundo a vítima, o homem também agrediu o filho deles, de um ano, e pai dela, com spray de pimenta.
O ex-marido de Clara foi identificado como Filipe Pedreira, filho do prefeito de Salinas das Margaridas, Wilson Ribeiro Pedreira. O suspeito e o pai dele, não se pronunciaram até a publicação desta reportagem.
No Instagram, a vítima publicou imagens com hematomas no olho e disse que o celular dela foi destruído. A situação acabou gerando a campanha “#todosporclara” nas redes sociais. A página da campanha Todos por Clara no Instagram já tinha mais de 20 mil seguidores até a manhã desta quarta-feira (16).
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), após a agressão, a Polícia Militar foi chamada, mas a jovem teria negado o crime. Posteriormente ela fez a denúncia, mas o suspeito não foi preso, porque o tempo do flagrante já havia passado. Felipe foi ouvido e liberado pela Polícia Civil, que pediu a prisão dele à Justiça e aguarda decisão.
Denúncia
Na conta de Clara no Instagram, ela conta, por meio dos Stories, que o celular dela foi destruído pelo ex-companheiro. “Esse celular foi presente de meu pai e ele [o ex-companheiro], a pessoa que entreguei minha vida, destruiu não só meu celular, meu psicológico, minha integridade”, diz a publicação.
Ela ainda publicou que o agressor teria dito que “as agressões que aconteceram da minha parte foram apenas para me proteger”. Em resposta isso, ela diz: “Não vou desistir de lutar”.
“As marcas continuam me assustando, só que são as da alma”, publicou Clara, ao mostrar uma foto com marcas da agressão no rosto.
Medida protetiva
A SSP-BA também informou que um pedido de medida protetiva foi feito com urgência pela Polícia Civil e aceito pela Justiça. Por conta disso, o suspeito da agressão tem que permanecer distante 100 metros da vítima.
A secretaria também disse que os laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de lesão corporal e do local da agressão estão em fase final.
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