A oposição criticou o prefeito de Madre de Deus, Jeferson Andrade (DEM) por reduzir o valor do Bolsa Social Inclusão conhecido como “Família Cidadã” no município, o vereador Juscelino Silva (PPS) disse ao Bahia Manchetes que o projeto sacrifica a população mais carente que precisa do apoio do governo.
“O projeto com 99 artigos, aonde traz vários artigos que vêm colocar mais dificuldade na vida de nosso povo”. O socialista ressalta que na época o projeto chegou de “paraquedas” com urgência urgentíssima para ser aprovado. Ele ainda atribuiu a culpa aos vereadores que aprovaram o projeto.
“Eu quero colocar a culpa, inclusive também em alguns vereadores da cidade que aprovaram esse projeto diga-se de passagem: sem ler”, disse Juscelino. A polêmica começou assim que a população tomou conhecimento sobre a redução do valor do beneficio. Os vereadores Val Peças (PSL), Kikito Tourinho (PPS) e Juscelino Silva (PPS) não participaram da votação. Na ocasião, o projeto foi aprovado pela Câmara Municipal sem ressalvas. A oposição reclamou que a Casa deveria ter analisado melhor o projeto pela importância e complexidade.
Ao ser questionado se os colegas de parlamento desconheciam o projeto, o vereador Juscelino foi enfático: “Eles (vereadores) aprovaram porque eles quiseram. Eles não desconheciam (o projeto). Eles deram o voto porque é da situação, e tudo que vier do executivo eles dizem amém”, disparou o socialista.
O vereador ainda aponta que sempre fez trabalhos sociais para o “povo mais sofrido do município”, e que esse foi o presente de natal do prefeito para as famílias carentes da cidade.
“Esse é o natal do prefeito para essas famílias carentes do município. É o presente de natal do prefeito (Jeferson Andrade (DEM)). […] O código tributário vai ser o presente de ano novo do prefeito. E não vai ser só das famílias carentes, vai ser o ano novo de toda sociedade madredeusense”, ironizou Juscelino, que completa afirmando que as famílias que recebem o beneficio não esperavam a redução e fizeram despesas contando com o valor integral.
Para o vereador Val Peças (PSL), líder da oposição na Casa, a administração do prefeito Jeferson Andrade (DEM) “é um desastre”. Segundo ele, o prefeito não respeitou o poder Legislativo ao colocar para apreciação da Câmara um projeto para ser aprovado “sem uma discussão ampla”.
“O prefeito sempre desrespeitou o poder legislativo. Os vereadores da base infelizmente aprovaram”, diz. E completa: ” O artigo 37 (do projeto de lei) do “Família Cidadã” vai diminuir o valor. Eles colocaram agora até três moradores R$ 150.00 (cento e cinquenta reais), até 6 moradores R$ 200.00 (Duzentos reais) e acima de 6 moradores R$ 350.00 (Trezentos e cinquenta reais). E os vereadores de situação estão dizendo que teve aumento porque acima de 6 moradores eles colocaram R$ 50 reais”.
O vereador declara que o valor é insuficiente para manter um pequena família e dispara: “enquanto o prefeito ganha R$ 19 mil reais, quase R$ 20 mil. Tem carro blindado têm motorista e combustível. A senhora esposa dele também que é secretária (de desenvolvimento social, Naira Cardoso) tem um salario de R$ 14 mil, motorista e combustível. Some esses dois, porque juntando o salario dele e da esposa dele, dá quase em torno de R$ 40 mil reais. Se for colocar motorista e combustível, fica muito mais de R$ 50 mil. Só o que ele ganha junto com a esposa por mês em Madre de Deus. Se botar o irmão dele também que é secretário”.
Ainda conforme Val, o prefeito não gosta de pessoas humildes, e reforça criticando a quantidade de secretários no município.
“Tem em torno de 20 secretarias no município e querem tirar R$ 100.00, (cem) R$ 150.00 reais (cento e cinquenta) das famílias de Madre de Deus que ganhava R$ 300.00 (Trezentos reais).Agora culpado não é só o prefeito não, culpado são os vereadores da base dele […] os vereadores tem que se respeitar, o que está acontecendo com nosso povo de Madre de Deus é os vereadores que estão deixando. Os vereadores estão dando condições para o prefeito fazer isso […] só porque é de situação vai ficar calado?”, afirmou o líder da oposição na Casa.
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