Os moradores de um condomínio de luxo em Camaçari, denunciaram à polícia o sumiço e a morte por envenenamento de 38 gatos no local. Segundo eles, desde dezembro, 18 animais apareceram mortos no condomínio, e o resultado da necropsia apontou a presença do veneno conhecido como “chumbinho” no corpo dos felinos.
A Polícia Civil confirmou o registro do crime, disse que apuração do caso está em andamento na Delegacia Territorial de Abrantes (26ª DT/Abrantes), contudo informou que não têm maiores detalhes.
Iara Sampaio, que é moradora do Parque Interlagos, disse que sempre houve uma população de gatos dentro do conjunto. Por isso, segundo ela, algumas pessoas se reúnem e castram os animais, e a maioria dos bichos utiliza um colar de identificação. Ela conta, no entanto, alguém incomodado com os gatos resolveu envenenar os animais.
“Como aqui é uma região natural, a vida inteira aqui teve gato. E por isso fazemos as castrações para ter um controle legal. A maioria tem um colar de identificação. E em qualquer lugar têm pessoas que gostam e não gostam dos animais. Mas o que está havendo é um desrespeito à vida”, afirmou.
O condomínio fica em uma zona de proteção ambiental e, de acordo com os moradores, o uso do veneno pode atingir também animais silvestres, como macacos e saruês que habitam a região. Além dos 18 gatos que foram encontrados mortos, outros 20 desapareceram, e os moradores acreditam que a razão também seja a matança.
Celeste Sampaio, outra moradora do Parque Interlagos, comentou que existem câmeras no condomínio, e que os casos acontecem quase sempre na Rua Itaicê e na Rua dos Dormentes.
“Nessas mesmas ruas, temos cuidadoras como eu, que também alimentam, que protegem, que vacinam os gatos. Mas deve ter alguém que está matando os animais. Aqui têm câmeras que filmaram gatos saindo de certos lugares e morrendo. Mas não dá pra dizer quem está fazendo isso. Mas que é uma crueldade sem tamanho, isso não tem como negar”, disse.
Quem cuida dos animais diz não entender a razão das mortes, e pede somente que os moradores não impeçam os bichos de caminhar pelo condomínio e respeitem o direito dos felinos.
“O objetivo é parar essas mortes. Esses gatos quase todos são castrados e vacinados. Então devemos respeitar a natureza, respeitar a vida aqui.”, finalizou Iara.
/Via G1
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