O vizinho que salvou um menino de 5 anos do ataque de um pitbull, na última quinta-feira (19), disse nesta segunda (23) que o cão já tinha sinais de ferimentos, que poderiam ser de maus tratos, e eximiu o animal de qualquer culpa. Ele contou que imaginou a filha passando pela situação e se sentiu obrigado a ajudar.
“Nenhuma raiva. O cachorro é inocente. É igual uma criança”, explicou Patrick do Céu.
Patrick, que está desempregado e em busca de um trabalho, contou que não se sente um herói pelo que fez. Ainda com mãos e pernas arranhadas, contou que o pitbull apareceu na rua na última quarta-feira (18), que estava sem dono e que chegou a dar água e comida ao animal.
“Eu imaginei a minha filha no chão. Quando eu vi aquilo, eu coloquei na minha cabeça que era a minha filha e eu tinha que salvar”, destacou Patrick.
No meio do resgate do menino, o celular de Patrick, caiu no chão e quebrou.
O pequeno João, alvo do ataque, ficou com o olho inchado e levou alguns pontos no pescoço. Os dois ficaram meia hora no teto do carro esperando por ajuda.
“O corte foi bem profundo. Na hora que o médico abriu para lavar, dava para enfiar a primeira parte do dedo. Foi por muito pouco”, contou a mãe, emocionada.
A babá do menino, que está com o braço imobilizado, contou que o cachorro começou a ficar agressivo quando viu crianças brincando de patinete. Ela, que quebrou o braço após o ataque, se protegeu ao ver que a criança estava segura em cima do carro.
“O barulho do patinete estava incomodando (o pitbull). Mas aí ele me pegou por trás e me derrubou”, explicou.
A vizinhança só descobriu a gravidade do ataque depois que o dono do carro estranhou os amassados no teto e pediu as imagens das câmeras de segurança.
O cão está no Instituto de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, em São Cristóvão. De acordo com a Vigilância Sanitária, ele deve ficar em observação por dez dias. O dono ainda não foi encontrado.
O animal não possui nenhum chip que identifique o dono. Durante o período que ele ficará sob observação, os profissionais de saúde veterinária verificarão se o animal está castrado e em plenas condições de saúde. Com informações do G1.
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