“Vergonhoso”, diz pescador sobre peixaria improvisada em rua de Madre de Deus

Segundo um pescador, o prefeito Jeferson Andrade teria prometido um centro de abastecimento, mas não fez nada.

“Vergonhoso”, diz pescador sobre peixaria improvisada em rua de Madre de Deus (Foto: Bahia Manchetes)

Bancas e mercadorias espalhadas próximo a calçada,  esse é o cenário de quem passa pela Rua do Dendê,  em Madre de Deus. Moradores, consumidores e pescadores reclamam da falta de  higiene e infraestrutura no mercado de peixe improvisado no meio da rua. Sem um local adequado, o mau cheiro que é classificado por moradores da região como “desagradável” é inevitável.

O pequeno espaço na peixaria dificulta a comercialização e pescadores passaram a vender os peixes ao ar livre, sem qualquer infraestrutura.

Conforme pescadores, o material fica exposto à poeira, e a falta de um centro de abastecimento gera prejuízos. De acordo com relatos dos pescadores a pequena rua não comporta a quantidade de vendedores.

Eles contam ainda que no local tem quase 20 vendedores, e relatam que só da região de Acupe tem 11 pessoas que vendem camarão, peixe e marisco. Somados  aos 8 vendedores fixos de Madre de Deus. Segundo pescadores, o número aumenta,  quando outros pescadores das ilhas utilizam a rua para vender seus peixes.

O pescador Edmundo Batista, que trabalha no ramo há quase 40 anos, lamenta a situação, e afirma que não é fácil trabalhar no local.

“É muito complicado… Queremos uma melhor qualidade pra passar para os nossos clientes, um ambiente melhor e nós não temos. Os clientes passam e vêm às mercadorias expostas, sem cobertura, mosca em cima, poeira. Pessoas passam cospem perto da mercadoria, outros soam o nariz e é uma falta de higiene muito grande”, reclama.

Ainda conforme Batista, o prefeito Jeferson Andrade prometeu um centro de abastecimento, mas não fez nada.

“O prefeito prometeu por diversas vezes que iria fazer esse centro de abastecimento e não faz nada. Tem essa peixaria que é pequena e não dá pra nada. Nós aguardamos uma resposta do gestor, que ele venha tirar esse povo daqui da frente da peixaria imediatamente. Porque ninguém suporta mais essa fedentina aqui, tá demais! A peixaria é lavada e a água é despejada pra pista. Tudo que caí dentro da peixaria, vem aqui pra fora”, lamenta.

O pescador explica que até existe um rapaz que realiza a limpeza do local, mas sem uma infraestrutura fica difícil.   Ele definiu a situação como “vergonhosa”, disse ainda, que os pescadores precisam de um local mais digno para trabalhar.

“O povo trabalha no relento, isso precisa acabar! Isso aqui é muito vergonhoso, principalmente para o gestor, porque o nosso munícipio é rico, e nós estamos vivendo uma calamidade dessas. É preciso remover todo esse pescado daqui da frente, e eles (prefeitura) procurem colocar os vendedores num local mais digno. Aonde os pescados tenham mais higiene e segurança pra todos”, disse o pescador.

A prefeitura havia alugado um espaço na Francisco Leitão, onde funciona um antigo mercadão que passou a ser utilizado como mercado de peixe improvisado, mas a prefeitura entregou o local ao proprietário. Em razão disso, os pescadores passaram a vender o peixe na rua.

A prefeitura ainda não se posicionou sobre a situação dos pescadores, mas o espaço espaço está aberto para manifestações.

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