Centenas de suspeitos de serem membros do grupo jihadista Estado Islâmico, presos pelas forças iraquianas em Mossul, são mantidos em uma prisão apertada e sufocante fora da cidade, informa a agência de notícias Associated Press.
Repórteres da agência visitaram o local e viram mais de 100 prisioneiros dentro de um quarto escuro, sentados no chão e com os ombros encostados uns nos outros. Não havia eletricidade ou ventilação, apesar da temperatura poder passar dos 45º C, segundo a agência.
A autoridade iraquiana que supervisiona a prisão disse que ela abriga atualmente 370 prisioneiros. Mais de 1.150 prisioneiros passaram pela prisão nos últimos três meses, sendo que 540 foram enviados a Bagdá para serem investigados. A autoridade falou em condição de anonimato, porque não estava autorizado a passar informações a jornalistas.
Segundo ele, as autoridades ficaram sobrecarregadas com os detentos enquanto as forças iraquianas esvaziavam os últimos bairros de Mossul no início deste mês, no final de uma ofensiva de nove meses contra o grupo.
“Os prisioneiros estão infectados com doenças, cheios de problemas de saúde e de pele, porque não são expostos ao sol”, disse. “A maioria não consegue andar. Suas pernas estão inchadas porque eles não conseguem se mexer”. Ele também disse que uma equipe de saúde da província avalia os prisioneiros “ocasionalmente”.
Ainda de acordo com essa autoridade, outros 2.800 prisioneiros são mantidos na base aérea Qayara, em Mossul, e outras centenas em prisões menores.
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