
O réu Jorge Bezerra da Silva foi condenado a 29 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, por matar a ex-companheira Priscilla Monnick Laurindo da Silva. O crime ocorreu em janeiro de 2022, no bairro do Zumbi, Zona Oeste do Recife.
⚖️ Comportamento agressivo durante o júri
Durante o julgamento, realizado nesta sexta-feira (25), no Fórum Thomaz de Aquino, no Centro da capital, o réu ameaçou o promotor do caso e a irmã da vítima, Vitória da Silva Souza. Aos gritos, ele declarou que “iria matá-la”, o que levou o juiz Abner Apolinário da Silva a ordenar sua retirada imediata do plenário.
🗣️ “Nunca vi tamanha arrogância”, diz juiz
Em entrevista ao g1, o magistrado descreveu a postura de Jorge como “absolutamente arrogante”. “Mandou o promotor ir falar com ele no presídio. Em quase 30 anos como juiz, nunca vi algo assim. Ameaçou a família da vítima dentro do tribunal. Tive que retirá-lo”, afirmou.
🧾 Reincidência agravou a pena
Segundo o juiz, o réu já respondia a outro processo por tentativa de feminicídio contra a mesma mulher. A reincidência, somada à conduta violenta durante o julgamento, contribuiu para o agravamento da pena.
🚨 Crime motivado por não aceitar fim do relacionamento
De acordo com a denúncia, Jorge matou Priscilla com golpes de faca no pescoço e a asfixiou após ela terminar o relacionamento. O crime foi descoberto após familiares encontrarem o corpo da vítima em casa. Ele havia fugido, deixando a filha do casal, de apenas 10 meses, com o pai.
Jorge foi preso em setembro de 2022, no município de Santa Cruz do Capibaribe, após investigação da Polícia Civil.
🧠 Juiz destaca natureza social do feminicídio
Na sentença, o magistrado reforçou o caráter estrutural da violência de gênero:
“Quem ama não mata. Quem ama cuida. O feminicídio coisifica a mulher, tornando-a um troféu abominável do machismo. É cultura que dilacera direitos.”

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