Professores da rede municipal de Feira de Santana decretam greve

Categoria denunciou violência após tentativa de conversa com prefeitura nesta quinta (31).

Professores da rede municipal de Feira de Santana decretam greve — Foto: Jorge Magalhães.

Os professores da rede municipal de ensino de Feira de Santana, cidade a 100 quilômetros de Salvador, decretaram no final da manhã desta quinta-feira (31) uma greve por tempo indeterminado.

A categoria se reuniu na frente da Câmara de Vereadores e se deslocou até a sede da prefeitura da cidade, na manhã desta quinta, com o desejo de negociar pautas, entre elas o reajuste salarial, com o prefeito Colbert Martins.

Os professores contaram que não foram atendidos pelo gestor e afirmaram que houve violência por parte de guardas municipais. Uma professora precisou ser atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada para um hospital, por causa da emissão de gás de pimenta.

“Nós saímos da Câmera de Vereadores com o apoio de todos os vereadores, viemos para tentar conversar, negociar com o prefeito. Quando chegamos aqui, fomos abordadas de forma violenta, agressiva e nós só estávamos querendo conversar”, contou uma professora.

“No momento que entramos, começaram a jogar spray de pimenta, alguns professores começaram a passar mal, eu consegui entrar. Ontem a noite tivemos uma reunião com a secretária, ela nos atendeu ficamos até 21h30 aproximadamente, mas infelizmente ela não atendeu nenhum requisito da categoria”.

Em nota, a Prefeitura de Feira de Santana informou que foi surpreendida com a manifestação, na qual chamou de “político-partidária”, com professores ligados à APLB, o presidente da Câmara Municipal, Fernando Torres, vestido com uma camisa de dois partidos, o vice-presidente da Câmara Municipal, Silvio Dias, o vereador Jonathas Monteiro, e outros da oposição.

A prefeitura informou que os manifestantes estavam com “ânimos exaltados” e a Guarda Municipal agiu “dentro do necessário para exclusivamente defender o patrimônio público, até porque o prédio é tombado como patrimônio histórico e cultural”.

De acordo com a prefeitura, a categoria danificou algumas portas, quebrou vidros, invadiu salas da Secretaria de Governo e ainda tentou agredir funcionários do local.

O órgão afirmou também que outros tiveram que ficar recolhidos no prédio, por estarem temerosos em sofrer um ato de violência. Uma funcionária desmaiou e ambulâncias do Samu foram acionadas por servidores.

A Prefeitura informou ainda que na noite de quarta-feira (30), fez uma reunião de negociação com os professores e garantiu o pagamento do piso salarial Nacional.No entanto, a categoria afirmou que o órgão não apresentou proposta para ela.

“A proposta não foi descrita, não estava documentada, ela relatou que a proposta do governo era repassar o reajuste linear para o funcionalismo público, ou seja, e a possibilidade de reajustar para os professores que estão na categoria A, na base A, só que não contempla todos os professores”, afirmou uma professora. Com informações do G1.

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