Polícia Civil perde três dentes ao ser agredido por PMs no Carnaval

Vítima estava de folga e assistia ao desfile de trios no circuito Barra-Ondina.

Polícia Civil perde três dentes ao ser agredido por PMs no Carnaval — Foto: Redes sociais.

Um Polícia Civil foi agredido por cerca de cinco policiais militares durante o carnaval deste ano, em Salvador.

Ele estava de folga e curtia a festa na região do Cristo, no circuito da Barra-Ondina. A Polícia Civil está investigando o caso.

A Polícia Militar informou que está apurando o caso, mas não deu detalhes se os agentes foram identificados ou se foram afastados da corporação.

As imagens que circulam nas redes sociais mostram o policial sendo agredido violentamente por PMs.

Em entrevista à TV Bahia, Adson Gomes Miranda contou que foi agredido até mesmo depois que já estava ajoelhado no chão, perdeu três dentes e teve a visão afetada por causa dos murros e pontapés que levou.

Segundo ele, os policiais foram racistas.

“É por que eu sou rastafári? É por que eu sou negro? Eu não tenho direito de ir para festas, de curtir naquele local? O caso está repercutindo porque sou policial, mas quantos outros estão internados?”.

Adson relata que estava filmando na passagem do  trio-elétrico de Leo Santana, quando recebeu a primeira pancada nas costas.

Pessoas que presenciaram a cena contaram à ele que a patrulha dos PMs passou pelo local e um dos agentes o encarou “de cima abaixo”.

“Eles estavam atrás de mim, não vi que estavam passando. Depois que recebi a pancada, me virei para ver o que tinha acontecido, já que o tri-elétrico nem tinha passado ainda, não havia confusão. Ele me deu a segunda [pancada] e me empurrou. Eu pensei que ia morrer naquele momento”, contou.

O investigador contou que, quando estava chão, recebeu diversos chutes e socos.

No vídeo, um dos PMs bate no rosto do homem quando ele está caído, ajoelhado.

Segundo ele, uma ambulante tentou ajudá-lo e também foi agredida pelos agentes.

“Nós, servidores públicos, somos pagos para proteger. Não é porque eu sou policial não, isso não se faz com cidadão nenhum”, afirmou. Com informações do G1.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*