O corpo da comerciante Nadjane Santos de Jesus, 30 anos, foi sepultado na tarde desta segunda-feira (10) no Cemitério Bosque da Paz, em Nova Brasília. “Por que fizeram isso com ela?”, se perguntavam os familiares de Nadjane, que foi morta na estrada do CIA com sinais de violência sexual depois de ter sido sequestrada e espancada. Ela foi vista pela última vez na manhã de domingo, quando saiu de casa para comprar um pacote de feijão fradinho.
Cerca de 200 pessoas participaram do velório e sepultamento em meio à incredulidade por conta da morte de Nadjane, uma pessoa popular e querida em Itapuã, onde morava com o marido, o encarregado de produção Eviton Gomes, 36 anos, há cerca de cinco anos. A comerciante não tinha filhos.
A tia da vítima, a dona de casa Cleonice Santos, 50 anos, ainda não acreditava na morte da sobrinha. “Não dá pra acreditar. Moro na mesmo rua que ela morava e todas as vezes que ela passava na minha porta fazia questão de me gritar. Uma menina doce e popular que tinha muito o que viver”, afirmou. “Onde ela chegava brincava com todo mundo, todas as amigas estão em choque com isso. Não tinha motivo pra isso”, disse a amiga Márcia Amaral, 38 anos.
A vizinha de Nadjane conta que a rua onde a comerciante foi vista pela última vez não é perigosa e que esse foi o primeiro caso de desaparecimento. “Agora nós ficamos assustadas sem poder sair na rua. Poderia ter sido comigo e com qualquer outra que estivesse passando na hora”, diz a auxiliar de limpeza Adriana Sousa, 43. Adriana disse ainda que na rua onde a comerciante desapareceu existem câmeras de segurança que podem ajudar na investigação do caso.
Durante o sepultamento, o marido da comerciante ajudou a carregar o caixão da esposa. A mãe de Nadjane, a dona de casa Maria Nazaré, 52 anos, precisou ser amparada por familiares.
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