PGR denuncia Geddel e pede prisão domiciliar da mãe e do irmão Lúcio Vieira Lima

Ex-ministro, deputado e mais 4 foram denunciados no caso dos R$ 51 milhões encontrados em malas em apartamento na Bahia.

© Dinheiro de Geddel Divulgação apreendido.

A Procuradoria-Geral da República denunciou nesta segunda-feira (4) o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Junto com a denúncia, a PGR pediu a prisão domiciliar do deputado e da mãe dos irmãos Vieira Lima, Marluce. Geddel está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, desde setembro após a descoberta da fortuna, a maior apreensão de dinheiro vivo da história da PF.

A denúncia se refere ao caso dos R$ 51 milhões em dinheiro vivo atribuídos a Geddel, pela Polícia Federal (PF), encontrados em malas em um apartamento em Salvador.

Agora caberá ao ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, decidir se eles se tornarão réus ou não.

Além de Geddel e Lúcio Vieira Lima, a PGR também acusou formalmente outras quatro pessoas:

  • a mãe deles, Marluce Vieira Lima;
  • o ex-assessor Job Ribeiro, que trabalhava com Lúcio Vieira Lima;
  • o ex-diretor da Defesa Civil de Salvador Gustavo Ferraz;
  • o sócio da empresa Cosbat Luiz Fernando Costa Filho

“Só comentamos documentos formais”, afirmou à TV Globo a defesa de Geddel Vieira Lima, Lúcio Vieira Lima e da mãe deles. O advogado de Job Ribeiro disse só comentará quando tiver acesso à denúncia. Até a última atualização desta reportagem, as defesas de Gustavo Ferraz e Luiz Fernando Costa Filho não tinham sido localizadas.

Origem do dinheiro

A procuradoria aponta como possíveis fontes dos R$ 51 milhões:

  • propinas da construtora Odebrecht;
  • repasses do operador financeiro Lúcio Funaro;
  • desvios de políticos do PMDB;

Os procuradores também avaliam se uma parcela dos R$ 51 milhões corresponde à parte dos salários de assessores que, segundo a PF, eram devolvidos aos Vieira Lima. Isso será apurado em um inquérito da Polícia Federal que investigará peculato (crime cometido por servidor público). Com informações do G1.

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