
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (23), na 80ª Assembleia Geral da ONU, que a democracia e a soberania do Brasil são inegociáveis.
Sem citar nomes, criticou o crescimento de práticas autoritárias pelo mundo: “atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando a regra”.
Ele destacou que o Brasil resistiu mesmo sob “ataques sem precedentes” contra suas instituições, e que a autonomia do Poder Judiciário não pode ser alvo de ingerência. Também afirmou que, “pela primeira vez em 525 anos”, um ex-presidente foi condenado por atentar contra a democracia.
O discurso também teve alcance global: Lula fez críticas ao genocídio em Gaza, defendeu solução diplomática para a Ucrânia, ressaltou a urgência da ação climática e a necessidade de reverter o mapa da fome global.
Sobre tecnologia e desigualdade, reconheceu que as plataformas digitais aproximam pessoas, mas alertou para seu uso nocivo (desinformação, misoginia, xenofobia). Defendeu regulação com respeito à liberdade de expressão.
Contexto diplomático relevante: o discurso ocorre em meio a medidas punitivas dos EUA contra autoridades brasileiras, como proibição de vistos e sanções,e à expectativa de agendas entre Lula e líderes internacionais.

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