O homem preso suspeito de ordenar o assassinato do vendedor transexual Thadeu Nascimento, de 24 anos, que foi encontrado morto em maio deste ano, em Salvador, cometeu o crime porque suspeitava que a vítima era informante da polícia.
A informação foi divulgada pela polícia nesta terça-feira (24), durante coletiva de imprensa, na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, no bairro da Pituba. O suspeito, identificado como Julimar da Paixão Pereira, o “Lenga” ou “Davi”, teve mandado de prisão temporária cumprido no domingo (22).
De acordo com a polícia, o suspeito é líder de um grupo de tráfico de drogas que age na região onde fica o condomínio que a vítima morava, no bairro Fazenda Grande II, em Salvador. Ainda conforme a polícia, o homem era vizinho da vítima até 2016, ano em que houve uma operação policial na localidade que fez com que ele fugisse para o bairro de São Cristóvão.
A polícia informou que o grupo acreditava que a vítima teria provocado a ação com denúncias e o assassinato seria uma espécie de vingança. Julimar da Paixão nega as acusações da polícia. O suspeito será encaminhado para o sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.
Ainda segundo a polícia, além de Julimar, outros 4 homens estariam envolvidos na morte do vendedor. Um deles, identificado como Paulo Henrique dos Santos, está preso desde julho, após ser flagrado com um carro roubado e uma arma. Ele teve mandado cumprido no sistema prisional. Conforme a polícia, ele teria executado o crime.
Os outros 3 suspeitos, identificados como Evanildo Santos de Oliveira, o Nildo, Antônio Carlos Ribeiro Conceição, o Capenga, e Jonathas Crisley Oliveira dos Santos, o Jonas 3D, são procurados pela polícia.
Conforme o delegado Alexandre Narita, do DHPP, Evanildo teria sido responsável por levantar as suspeitas contra a vítima. Antônio é apontado pelo delegado como o fornecedor das armas usadas no crime. Já Jonathas, de acordo com a polícia, teria ajudado a arrombar a casa da vítima no dia do crime. Os suspeitos usavam máscaras e teriam se apresentado como policiais no dia do crime.
Ação
Segundo o delegado Alexandre Narita, a vítima foi tirada de dentro de casa, enrolada em um lençol e foi levada para a localidade de Vila Verde, em São Cristóvão, onde foi morta. O crime ocorreu no dia 5 de maio de 2016.
Conforme o delegado, os suspeitos atiraram várias vezes contra o vendedor e, em seguida, abandonaram o corpo no local do crime. O corpo da vítima tinha sinais de tortura e estava sem roupas quando foi encontrado.
Caso
Têu, como era conhecido, trabalhava como vendedor em uma loja de informática, em um shopping na capital baiana. Na época, a mãe da vítima contou que recebeu ligações de colegas de trabalho dele que estavam preocupados porque Thadeu havia faltado ao trabalho.
No dia seguinte, a mãe foi até o apartamento onde ele morava sozinho e encontrou uma grade arrombada. Ainda de acordo com a mãe, objetos foram roubados da residência, como televisão, máquina fotográfica, DVD e celular.
/Via G1
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