Hugo Motta defende fim de “pautas tóxicas” após protestos contra anistia e PEC da Blindagem

Presidente da Câmara cita reforma administrativa, IR e segurança pública como prioridades.

Hugo Motta defende fim de “pautas tóxicas” após protestos contra anistia e PEC da Blindagem-Foto: Ueslei Marcelino/Reuters.

Um dia após os protestos pelo país contra a anistia e a PEC da Blindagem, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta segunda-feira (22) que “é o momento de tirar da frente todas essas pautas tóxicas”.

 As manifestações, realizadas em todas as capitais, foram resposta à aprovação da PEC que amplia a blindagem de parlamentares e da urgência do projeto de anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, incluindo Jair Bolsonaro, condenado pelo STF a mais de 27 anos de prisão.

 “Talvez a Câmara tenha tido, na semana passada, a semana mais difícil e desafiadora. Mas este presidente que vos fala… nós decidimos que vamos tirar essas pautas tóxicas porque ninguém aguenta mais essa discussão”, disse Motta.

Ele defendeu que o Brasil deve “discutir aquilo que realmente importa, que é uma reforma administrativa, questão do imposto de renda, da segurança pública”. A votação da isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil deve ficar para a próxima semana.

Em evento com o mercado financeiro em São Paulo, Motta disse que os atos contra e a favor da anistia “demonstram que a nossa democracia segue mais viva do que nunca” e declarou respeito às manifestações populares.

Sobre a PEC da Blindagem, afirmou que respeitará a decisão do Senado, mas que a Câmara “se sente no direito de defender o exercício parlamentar”.

Quanto à anistia, considerou que “é uma saída, sim, política boa para o país”, ressaltando que “é uma saída possível dentro das nossas regras legais, reconhecendo o papel de cada um na sua responsabilidade, o Poder Judiciário, Legislativo e Executivo”.

Motta disse ainda que a proposta deve punir responsáveis pelos atos de 8 de janeiro: “imputar àquelas pessoas que foram lá quebrar, depredar, pessoas que armaram, por exemplo, planos para matar pessoas”.

Ele destacou a necessidade de pacificação: “Se estão os dois lados insatisfeitos, é porque estamos no caminho certo”.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*