O ex-ministro Geddel Vieira Lima disse nesta terça-feira (6) em depoimento à Justiça Federal em Brasília que telefonemas para Raquel Pitta, mulher do operador Lúcio Funaro, eram humanitários, por solidariedade, e que nunca fez ameaças a ela.
O depoimento de Geddel faz parte do processo onde ele é acusado de obstrução de justiça por suposta tentativa de atrapalhar a delação de Lúcio Funaro, quando ele estava em tratativas com a Procuradoria Geral da República.
Segundo as investigações, Geddel fez contatos telefônicos constantes com Raquel Pitta com o objetivo de impedir acordo de delação premiada de Lúcio Funaro, apontado por investigadores como operador de propinas de políticos do PMDB.
“Me coloquei a ajudar, eram ligações humanitárias. Manifestei solidariedade com sua esposa e filha”, afirmou Geddel. Após o depoimento, o advogado do ex-ministro divulgou nota na qual afirma que é atribuído a ele um “falso crime” e que espera a “completa absolvição”.
Logo no início do depoimento, questionado pelo juiz Vallisney de Oliveira sobre seu estado de espírito, Geddel afirmou “que amigos de longa data me lançaram no vale dos leprosos”. O depoimento de Geddel durou cerca de 30 minutos.
Geddel afirmou diversas vezes que as ligações para Raquel Pitta eram solidárias. Também disse que nunca ofereceu vantagens e que ninguém do governo cobrava as informações tratadas entre os dois.
Por orientação da defesa, Geddel não respondeu às perguntas do Ministério Público. Geddel se manifestou em apenas um momento, afirmando não ter conhecimento do número de ligações feitas à Raquel Pita.
Em audiência de custódia, em junho do ano passado, Geddel afirmou que havia feito pelo menos 10 ligações. Com informações do G1.
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