Uma adolescente de 16 anos deu à luz na recepção do Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, sul da Bahia. O caso ocorreu na madrugada de sábado (17), enquanto a jovem esperava atendimento. A família denuncia negligência.
Sabrina Santos Pereira estava acompanhada do pai da criança, que não teve a identidade revelada, quando Benjamin nasceu, às 3h55 da manhã. O pai do menino segurou o bebê, que quase caiu no chão, segundo familiares.
“Um hospital desse, com suporte, e meu neto nascer na recepção. Se o pai não pega, o bebê talvez nem estaria com a gente hoje”, disse Silvana de Souza, sogra de Sabrina.
No momento do nascimento de Benjamin, os outros pacientes que estavam no local fizeram imagens com o celular. Para a família, o hospital não deu a assistência necessária para a adolescente.
“Primeiro, quando a gente chegou, falaram que não tinha médico. E, aí, minha filha já sangrando, com muita dor. Depois, veio a segunda [atendente] falando que tinha médico, mas que estava em atendimento, que era para a gente esperar mais um pouco. Sendo que a gente chegou 2h30. Como ela chegou sangrando, poderia colocar ela para dentro, para alguém ver. Não teve nenhum atendimento, não fez toque, não fez nada. Negligência do hospital total. Isso foi um descaso a uma criança, um ser humano”, contou Rejane Izidoro, mãe de Sabrina.
O menino nasceu com 2,6 kg. Sabrina Santos e o bebê tiveram alta médica no domingo (18).
“Eu senti medo, porque não fui atendida. Eu fiquei com medo”, falou Sabrina Santos.
Em nota, a Santa Casa de Misericórdia, que administra a unidade, informou que a paciente Sabrina Santos não foi desassistida. O parto evoluiu no momento em que ela esperava o remanejamento para a sala de parto.
“A enfermeira atendeu a paciente, ficou ao lado da paciente. Esse momento do nascimento foi um momento em que a paciente foi ao banheiro. Então, foi na hora que ela estava saindo do banheiro, que foi coincidente com o momento em que a enfermeira adentrou a unidade para poder fazer remanejamento. Mas foi uma evolução mais rápida de parto e atípica. Não é muito comum você ter uma paciente de primeiro filho que tenha um parto de evolução tão rápida como foi esse. Não houve negligência. O que está acontecendo é que nós nos finais de semana estamos sofrendo com problema de superlotação. Nós somos o único hospital funcionando em torno de 130 municípios”, falou Fabiane Chavez, diretora técnica do hospital. Com informações do G1.
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