O bloco Flechas de Ouro, um dos mais queridos de Madre de Deus, nasceu de uma ideia simples entre irmãos e primos para participar do Carnaval.
Faltando apenas dez dias para o Carnaval de 1990, Luís Mário, filho de Dona Maria, e seus irmãos e primos decidiram criar fantasias iguais para brincar na folia.
Com a escolha de um Pierrot nas cores amarelo e preto, eles reuniram 11 integrantes, entre irmãos e primos, e saíram para curtir o Carnaval.
Fundado oficialmente em 5 de fevereiro de 1990, o Flechas de Ouro cresceu ao longo do tempo, ganhando cada vez mais adeptos e se tornando uma referência do Carnaval de mascarados de Madre de Deus.
Tradição dos Mascarados: A Magia do Pierrot
Uma das características do Flechas de Ouro é a manter a tradição dos mascarados.
Desde a sua criação, o bloco mantém um padrão: fantasias idênticas, desfile organizado em fila indiana e a presença de um guarda-sol, apitos que destacam o grupo pelas ruas da cidade.
Luís Mário reforça que preserva a tradição do bloco e não faz alterações que descaracterizem o formato original.
Ele reforça que manter a tradição demanda muito esforço e união familiar que carregam a identidade cultural há mais de três décadas.
Quem conseguiu ver a passagem dos Flechas de Ouro e registrou, guardou um momento histórico e lindo do Carnaval de Mascarados da cidade.
O Crescimento do Bloco: Da Família à Comunidade
O que começou como uma brincadeira entre irmãos e primos logo se transformou em uma tradição que envolve toda a comunidade.
Nos anos seguintes à sua fundação, o número de integrantes aumentou, chegando a 26 e, em alguns anos, até 100 componentes.
“Já colocamos 150 pessoas no bloco, mas não conseguimos manter tanta gente”, comentou Luís, que segue à frente da organização do bloco mesmo após 35 anos.
Hoje, o Flechas de Ouro desfila religiosamente no domingo e na terça-feira de Carnaval, sendo aguardado com ansiedade pelos moradores.
35 Anos de Cultura e Resistência
O Flechas de Ouro celebra 35 anos de história em 2025, consolidando-se como um patrimônio cultural de Madre de Deus.
Mais do que um bloco de Carnaval, ele a celebração da identidade local, motivo de orgulho, criatividade e resistência cultural na cidade.
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