Filha de mulher morta durante operação policial na Bahia diz que mãe foi atingida pelas costas

Caso ocorreu na localidade conhecida como Brongo, no bairro de Brotas, em Salvador.

Mulher morreu durante ação policial em Salvador — Foto: Arquivo Pessoal.

A filha de Catmile dos Santos Bonfim, morta após ser baleada em uma ação policial na localidade conhecida como Brongo, no bairro de Brotas, em Salvador, disse, nesta terça-feira (4), que a mãe foi atingida com sete tiros pelas costas. O irmão de Vitória Bonfim, de 23 anos, também foi baleado e está internado.

“Não houve troca de tiros. Eles [policiais] balearam minha mãe, eles sabem que erraram. Foram sete tiros nas costas, não foi apenas um disparo. Foram sete disparos”, disse a jovem.

“A única coisa que pedimos é justiça. Não podemos deixar esse caso impune. Ela era uma mãe de família, não devia nada à justiça. Eles ceifaram a vida de minha mãe”, desabafou.

O caso ocorreu na última sexta-feira (30), Catmile dos Santos Bonfim estava acompanhada dos dois filhos mais novos: um menino de 5 anos, que ficou ferido após ser baleado, e uma menina de 4.

O menino recebeu alta médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral do Estado (HGE) nesta terça, de acordo com a família, e foi encaminhado para a enfermaria, onde segue em observação.

Ainda de acordo com a família, os médicos analisam se será necessário a retirada da bala que atingiu o menino, que está alojada na cabeça dele. O pequeno ainda não sabe que mãe está morta.

“Como vai ficar a cabeça das crianças? O menino, que está internado no HGE, não sabe. Ele teve um quadro de melhora hoje, saiu da UTI e foi para a enfermaria.

Antes de descer para a enfermaria, ele estava lembrando: ‘os policiais balearam minha mãe.

Pega aí minha mãe, tira ela do chão’. Quer dizer, vai ficar com trauma”, detalhou a sobrinha de Catmile Bonfim, Joyce Souza.

Já a filha mais nova da vítima, não foi atingida. Ela foi empurrada pela mãe e conseguiu correr.

“A menina toda hora fala: ‘minha virou uma estrelinha. Eu vi quando o rapaz baleou minha mãe, ela me empurrou, eu desci correndo, meu tio me deu socorro ‘.

Ela fala isso a todo momento, não dorme, não consegue dormir hora nenhuma”, disse Joyce Souza. Com informações do G1.

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