Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) afirmou nesta segunda-feira (7), por meio de nota, que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez “ataques em termos pessoais” ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em entrevista à Rádio Gaúcha.
No comunicado, a entidade disse que o magistrado “ignora respeito que tem de existir entre as instituições” e apontou um “furor mal contido” do ministro.
Nesta segunda, Gilmar Mendes classificou Janot de procurador-geral da República mais “desqualificado da história” da instituição. Na avaliação do ministro do STF – que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – o chefe do Ministério Público Federal não tem “preparo jurídico nem emocional”.
“Quanto a Janot, eu o considero o procurador-geral mais desqualificado que já passou pela história da Procuradoria. Porque ele não tem condições, na verdade não tem preparo jurídico nem emocional para dirigir algum órgão dessa importância”, avaliou o ministro em entrevista à Rádio Gaúcha.
A assessoria da Procuradoria Geral da República (PGR) informou que Janot não irá se manifestar.
Na nota divulgada em defesa do procurador-geral, a ANPR ressaltou que “é deplorável que um magistrado, membro da mais alta corte do país, esqueça reiteradamente de sua posição para tomar posições políticas e ignore o respeito que tem de existe entre as instituições”.
“Não é o comportamento digno que se esperaria de uma autoridade da República. O furor mal contido nas declarações de Gilmar Mendes revela objetivos e opiniões pessoais (além de descabidas), e não cuidado com o interesse público”, diz outro techo do comunicado.
A associação dos procuradores da República destacou que Janot foi eleito pela categoria em dois mandatos consecutivos. “Isso a demonstrar o apoio interno e externo que teve, mercê de seu preparo técnico, liderança e história no Ministério Público Federal”, enfatizou o texto. Com informações do G1.
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