Dois ônibus que participam da caravana de Lula no Paraná foram atingidos por três tiros na tarde desta terça-feira (27), segundo o Partido dos Trabalhadores (PT). Ninguém ficou ferido.
O veículo, que é ocupado por jornalistas que acompanham o périplo, teve duas perfurações na lataria. Outro suposto tiro atingiu um dos vidros.
Os ônibus seguiam de Quedas do Iguaçu, no oeste do estado, para Laranjeiras do Sul, na região central, quando os tiros foram disparados, ainda segundo o partido. No momento dos disparos, Lula estava dentro da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFSS), em Laranjeiras do Sul.
“A nossa caravana está sendo perseguida por grupos fascistas. Já atiraram ovos, pedras. Hoje deram até um tiro no ônibus”, informou o Twitter oficial de Lula.
A nossa caravana está sendo perseguida por grupos fascistas. Já atiraram ovos, pedras. Hoje deram até um tiro no ônibus.
— Lula (@LulaOficial) March 27, 2018
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse ter pedido policiamento às autoridades do Paraná, mas afirmou não ter sido atendida. Ela classificou o episódio como “emboscada”.
A Polícia Civil declarou que abriu inquérito para investigar o caso e que será feita uma perícia nos ônibus – uma equipe de peritos está a caminho para vistoriar os ônibus. Já a Polícia Militar (PM) afirmou que aumentou o policiamento no local da caravana.
Um dos pneus do ônibus foi furado por ganchos de metal pontiagudo lançados na estrada por opositores do ex-presidente.
A caravana do petista tem sido alvo de protestos em praticamente todas as cidades pelas quais passou nos últimos dias, na região Sul.
No domingo (25), em São Miguel do Oeste, Santa Catarina, manifestantes contrários ao petista receberam os ônibus com ovos e pedras -a janela da frente do ônibus em que estava Lula acabou quebrada. Mais tarde, enquanto o petista falava ao público, o palanque voltou a ser alvo de ovos.
HELICÓPTERO
A Polícia do Paraná negou, nesta terça (27), pedido da coordenação da caravana para aterrissagem de um helicóptero no campo da PM (Polícia Militar) da cidade de Quedas do Iguaçu, onde o petista participou de um evento sobre reforma agrária.
A solicitação foi recusada pelo responsável pelo comando Regional da Polícia Militar do Paraná, em Cascavel, comandante Washington Lee Abe, que assumira provisoriamente a PM de Quedas do Iguaçu.
Esse é o mesmo coronel que causou polêmica ao criticar publicamente a comoção em torno no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
Com a recusa do coronel, a organização da caravana teve que pedir autorização a um centro de exposições -e obteve. Mas, como as fortes chuvas impediram a decolagem do helicóptero, Lula teve que embarcar em um avião para pouso na cidade de Pato Branco, vizinha a Quedas do Iguaçu.
A assessoria da PM afirmou que Lula não pousou em Quedas do Iguaçu devido ao mau tempo.
Seja o primeiro a comentar