Dez cidades baianas são atingidas por manchas de óleo

Com município de Itaparica, que fica na ilha de mesmo nome, estado tem 10 cidades atingidas pelas manchas.

Óleo em Barra do Pote, na Ilha de Itaparica — Foto: Itana Alencar/G1 Bahia

O número de cidades baianas afetadas pelas manchas de óleo que atingem o litoral do Nordeste subiu para 10 nesta sexta-feira (18), após a substância chegar à cidade de Itaparica, na Ilha de Itaparica, Baía de Todos-os-Santos.

Na praia de Jaburu, que fica em Vera Cruz e foi a primeira a receber o óleo, as manchas atingiram as pedras que contornam a ilha, mas foram retiradas por equipes da prefeitura.

A praia de Mar Grande, onde fica o terminal do sistema de manchas que faz a travessia Salvador-Ilha de Itaparica, também foi contaminada pelo óleo.

Nas praias de Barra do Pote e Barra Grande, no entanto, ainda era possível encontrar placas do óleo pela costa litorânea. Entre as duas praias, Barra Grande é a que tem situação mais cautelosa, porque o óleo está espalhado em pequenas poças, o que dificulta a remoção das placas.

De acordo com a Prefeitura de Vera Cruz, foram retiradas três toneladas do óleo nas praias na quinta-feira, e as localidades seguem com monitoramento nesta sexta.

Em Itaparica, até esta sexta o registro de aparição do óleo era somente na praia de Manguinhos, que fica em um povoado no distrito de Bom Despacho.

Nesta sexta, completam 15 dias desde a chegada do óleo na Bahia. Além de Vera Cruz e Itaparica, foram afetados Salvador, Jandaíra, Lauro de Freitas, Conde, Camaçari, Entre Rios, Esplanada e Mata de São João. Em todo o estado, há ao menos 42 pontos de contaminação.

Por conta do problema, o Governo do Estado decretou estado de emergência. O decreto irá liberar fundos para as cidades mais prejudicadas, que, até então, têm custeado a limpeza das praias.

Todo o litoral do estado segue sob monitoramento. Representantes de órgãos ambientais, prefeituras, estado e outras entidades, que formam o Comando Unificado do Incidente, têm se reunido diariamente para fazer balanços e pensar soluções para o problema.

Nesta semana, o Ministério Público Federal (MPF-BA) e o Ministério Público do estado (MP-BA) ingressaram com uma ação pública contra a União e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) por causa do óleo. Os órgãos disseram que veem “omissão” na demora em adotar medidas de proteção e que ingressaram com a ação “em decorrência das consequências e riscos ambientais provenientes do vazamento de óleo”.

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