Cinco policiais militares são alvos de operação que investiga tortura e assassinato de homem em Juazeiro

Agentes de segurança são investigados pela morte de Eliel Neres da Silva, em 14 de fevereiro de 2017.

Milicianos são alvos de operação que investiga tortura e assassinato de homem quase sete anos após crime na Bahia — Foto: Divulgação/SSP-BA.

Cinco policiais militares são alvos de uma operação que investiga um caso de tortura e assassinato de um homem, em Juazeiro, norte da Bahia.

Mandados de busca e apreensão são cumpridos nesta terça-feira (14), quase sete anos após os crimes, cometidos em 14 de fevereiro de 2017.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), os cinco são suspeitos de praticarem diversos crimes na região.

A SSP-BA detalhou que os investigados invadiram a casa de Eliel Neres da Silva várias vezes.

No entanto, a secretaria não detalhou o que motivou os policiais a cometerem os crimes. Em uma das ações, eles torturaram Eliel na frente da família dele e o ameaçaram de morte, caso ele não informasse onde estariam escondidos “dinheiro, armas e drogas”. Eliel foi morto com vários tiros dentro de casa.

Na ocasião, os policiais usaram coturnos, luvas e máscaras do tipo ‘brucutu’ para dificultar a identificação.

Além disso, o responsável por atirar contra Eliel usou um abafador de som na arma, para evitar que os disparos chamassem a atenção da vizinhança.

Também segundo a secretaria, as investigações apontam que os policiais retornaram para a casa de Eliel, depois do assassinato, vasculharam a propriedade buscando dinheiro, armas e drogas, e ainda ameaçaram a esposa e filha da vítima.

Batizada de “Moranga”, a operação busca indícios que comprovem o envolvimento dos policiais com o crime. Os mandados judiciais foram cumpridos em Salvador, e em Senhor do Bonfim, norte do estado, além de Petrolina, cidade que fica em Pernambuco, e é limítrofe com Juazeiro, maior cidade do norte baiano.

O material apreendido será analisado pela Força Correcional Especial Integrada (Force) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA). A Corregedoria da Polícia Militar (Correg) também atua na operação. Com informações do G1.

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