Diante da greve de caminhoneiros e os consequentes bloqueios de rodovias em todo o país, o Centro de Abastecimento (Ceasa) de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, enfrenta o desabastecimento de alimentos. O local não fechou, mas enfrenta situação muito crítica desde a semana passada e tem menos de 10% de mercadoria para ser repassada aos comerciantes nesta segunda-feira (28), quando a greve completa oito dias.
A Ceasa que recebe 50 mil toneladas de alimentos por mês, estava vazia nesta segunda e contou apenas com a presença de poucos comerciantes. As barracas da feira ficaram fechadas e as bancas de produtos estavam cobertas por mantas.
O Presidente da Associação de Comerciantes e Feirantes da Ceasa, Agnaldo Nascimento, informou que o Centro de Abastecimento já não recebe produtos há uma semana.
“Na verdade, estamos passando por uma situação inimaginável. Esse é o reflexo de sete dias de paralisação, que é legítima, mas a população está sofrendo com isso. Nós entregamos [alimentos] em hospitais, em presídios, em fábricas até o final de semana. Nunca vi nada parecido. Mesmo que acabe [a greve] entre hoje e amanhã. Não dá para calcular, mensurar o prejuízo”, disse Agnaldo Nascimento.
A cada dia de feira (segunda, quarta e sexta) chegam 350 caminhões na Ceasa de Simões Filho. São 144 galpões, desse total sete são permanentes onde ficam 160 boxes. Outros sete galpões não são permanentes, neles funcionam as feiras nos dias de segunda, quarta e sexta-feira.
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