📍 O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (18) sentir-se “humilhado” após ser obrigado a usar tornozeleira eletrônica por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida faz parte de um conjunto de restrições impostas após declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que usou o julgamento de Bolsonaro no STF como argumento para ameaçar o Brasil com tarifas comerciais.
🏠 Além do monitoramento eletrônico, Moraes determinou o recolhimento domiciliar noturno de Bolsonaro, das 19h às 6h, de segunda a sexta-feira, e confinamento integral nos fins de semana e feriados. O ex-presidente também está proibido de manter contato com embaixadores, autoridades estrangeiras ou de se aproximar de sedes diplomáticas.
📂 As medidas cautelares foram solicitadas pela Polícia Federal (PF) e endossadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência de Bolsonaro, em Brasília, e em endereços ligados ao Partido Liberal (PL).
🇺🇸 De acordo com relatório da PF, Bolsonaro e o filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), teriam atuado junto a autoridades americanas para pressionar por sanções contra agentes públicos brasileiros, alegando perseguição relacionada à Ação Penal 2668, que tramita no STF. Segundo a corporação, os dois agiram de forma “dolosa e consciente”, com objetivo de submeter o funcionamento do Supremo à influência de outro país.
🎙 Em entrevista, Bolsonaro afirmou que nunca pensou em deixar o Brasil ou pedir asilo em embaixada. “O objetivo é uma suprema humilhação”, disse, ao negar qualquer intenção de golpe. Ele classificou o inquérito que apura os atos de 8 de janeiro como “político” e sem base concreta.
🏛 A defesa do ex-presidente repudiou as medidas. Em nota, os advogados afirmaram ter recebido com “surpresa e indignação” as restrições impostas e informaram que vão se manifestar após análise da decisão judicial.
🧵 Nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que a decisão representa uma “proposital humilhação” e comparou a situação à Inquisição. “Proibir o pai de falar com o próprio filho é o maior símbolo do ódio que tomou conta de Alexandre de Moraes”, escreveu. Flávio também evocou o Dia de Mandela, celebrado em 18 de julho, como símbolo de resistência.
🌐 Eduardo Bolsonaro também se pronunciou, em inglês, listando as restrições impostas ao pai e criticando o ministro Moraes por “dobrar a aposta” após a publicação de um vídeo de Bolsonaro direcionado a Donald Trump.
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