A compra da Fox pela Disney – que virou alvo do Congresso norte-americano por causa da legislação anti-truste – não só alterou as perspectivas de futuro da indústria do entretenimento como também abriu espaço para novas negociações bilionárias do mesmo tipo. E segundo o site Business Insider, especialistas do Citi especulam que o próximo mega acordo já está sendo desenhado: a Apple pode adquirir a Netflix.
Os analistas apontam que há 40% de chances de que o império da computação criado por Steve Jobs abra seus cofres para comprar a empresa de Reed Hastings. De acordo com a reportagem, a Apple deve conseguir repatriar aproximadamente US$ 220 bilhões – de um total de US$ 252 bilhões, descontando a tributação. O astronômico montante encontra-se alocado em território estrangeiro, mas logo poderá ser revertido para as operações estadunidenses da companhia após uma lei aprovada pelo Congresso e defendida por Donald Trump que diminui a taxação sobre esse tipo de movimentação financeira.
Vale ressaltar novamente que a negociação, por enquanto, reside no território da pura especulação. Por outro lado, é de conhecimento comum nos bastidores que a Apple deseja iniciar seu próprio serviço de streaming há alguns anos. Ainda que esteja se preparando para produzir sua primeira série – uma comédia sobre os programas matinais estadunidenses coestrelada por Jennifer Aniston e Reese Witherspoon -, a aquisição da gigantesca Netflix facilitaria, e muito, o planejamento de entretenimento da empresa de Jobs. Seria praticamente como queimar etapas de desenvolvimento e atingir o mais alto patamar do segmento.
Em valores, ainda conforme a especulação dos analistas, a Apple só precisaria desembolsar aproximadamente US$ 73 bilhões – US$ 7 bilhões a mais do que a Disney utilizou para adquirir a Fox – para selar a compra da Netflix. Por mais que a cifra pareça absurda, ela representa apenas 1/3 do montante supracitado que pode ser repatriado pela Apple.
A especulação gerou certo ceticismo na imprensa especializada, uma vez que os analistas também colocaram outras companhias – variando desde a automobilística Tesla à produtora de jogos eletrônicos EA – no espectro de possíveis aquisições. O colunista da revista Forbes Karl Kaufman, por sua vez, acredita que a previsão dos analistas do Citi é apenas uma forma de causar burburinho na imprensa e descarta qualquer possibilidade de que a negociação entre as duas gigantes ocorra de fato. Na visão do especialista, a Apple deve seguir a cartilha de comprar empresas menores, como a recém-adquirida Shazam, produtora do aplicativo homônimo de identificação de músicas. Com informações de Adorocinema.
Seja o primeiro a comentar