A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão temporária por trinta dias do médico Denis Cesar Barros Furtado, investigado pela morte da bancária Lilian Calixto que se submeteu a um procedimento estético em seu apartamento, na Barra da Tijuca, no último domingo. Conhecido como Dr. Bumbum, ele é considerado foragido — sua mãe também teve a prisão decretada.
Após complicações no procedimento, a paciente foi levada pelo médico ao hospital Barra D’Or, com um quadro considerado extremamente grave. Segundo o estabelecimento, ela deu entrada na emergência às 23h, mas não resistiu e morreu duas horas depois. A causa da morte não foi divulgada.
O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro abriu uma sindicância para investigar a conduta do médico, já que, segundo o órgão, ele não tem autorização para atuar no estado, nem poderia realizar procedimentos em sua residência. Denis Furtado afirma ter registro nos conselhos de medicina de Goiás e do Distrito Federal.
O médico é acompanhado por 651 mil pessoas no Instagram, onde divulga os resultados de seus procedimentos. Em seu site, ele se apresenta como pós-graduado em dermatologia, modulação hormonal, medicina estética, nutrologia e medicina ortomolecular. Ele também divulga um canal no YouTube e duas páginas no Facebook — uma delas desativada. A reportagem tentou contato em três telefones divulgados pelo médico, mas nenhum atendeu na manhã desta terça.
Em um texto de fevereiro em seu site, Denis Furtado se queixa do que chama de “hipocrisia da falsa moralidade na saúde do Brasil” — embora não cite nenhum caso específico. “Investigar um alvará vencido é mais prioridade que combater o bandidos que fecham estradas e aterrorizam a população”, diz em um trecho. “O CRM intensifica as perseguições contra médicos que apresentam excelentes resultados”, escreve em outro. Com informações da Veja.
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